"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

setembro 28, 2010

AS BOQUINHAS FECHADAS

O silêncio diante de perigosas propostas políticas

Estamos vivendo um momento grave de nossa História política, em que aparecem dois tumores gêmeos de nossa doença:
a união da direita do atraso com a esquerda do atraso.


O Brasil está entregue à manipulação pelo governo das denúncias, provas cabais, evidências solares, tudo diante dos olhos impotentes da opinião pública, tapando a verdade de qualquer jeito para uma espécie de tomada do poder.

Isso; porque não se trata de um nome por outro a ideia é mudar o Estado por dentro.

Tudo bem:
muitos intelectuais têm todo o direito de acreditar nisso.
Podem votar em quem quiserem.
Democracia é assim.


Mas e os intelectuais que discordam e estão calados?
Muitos que sempre idealizaram o PT e se decepcionaram estão quietinhos, com vergonha de falar.
Há o medo de serem chamados de reacionários ou caretas.

Há também a inércia dos latifúndios intelectuais.

Muitos acadêmicos se agarram em feudos teóricos e não ousam mudá-los.
Uns são benjaminianos, outros hegelianos, mestres que justificam seus salários e status e, por isso, não podem esquecer um pouco do que escreveram para agir.

Mudar é trair...
Também não há coragem de admitirem o óbvio:
o socialismo real fracassou.
Seria uma heresia, seriam chamados de revisionistas, como se tocassem na virgindade de Nossa Senhora.


O mito da revolução sagrada é muito grande entre nós, junto com o voluntarismo e o populismo antidemocrático.
E não abrem mão de utopias o presente é chato, preferem o futuro imaginário. Diante de Lula, o símbolo do povo que subiu na vida, eles capitulam.

Fácil era esculhambar FHC.
Mas, como espinafrar um exoperário?
É tabu. Tragicamente, nossos pobres são fracos, doentes, ignorantes e não são a força da natureza, como eles acham.

Precisam de ajuda, educação, crescimento para empregos, para além do Bolsa Família.
Quem tem peito de admitir isso?

É certo que já houve um manifesto de homens sérios outro dia; mas faltam muitos que sabem (mas não dizem) que reformas políticas e econômicas seriam muito mais progressistas do que velhas ideias generalistas, sobre o todo, a luta de classes, a História.

Mas, eles não abrem mão dessa elegância ridícula e antiga.
Não conseguem substituir um discurso épico por um mais realista.
Preferem a paz de suas apostilas encardidas.


Não conseguem pensar em Weber em vez de Marx, em Sergio Buarque em vez de Florestan Fernandes, em Tocqueville em vez de Gramsci.

A explicação desta afasia e desta fixação num marxismo-leninismo tardio é muito bem analisada em dois livros recentemente publicados:
Passado imperfeito, do Toni Judt (que acaba de morrer) e o livro de Jorge Caldeira História do Brasil com empreendedores (editoras Cia.da Letras e Mameluco).


Ali, vemos como a base de uma ideologia que persiste até hoje vem de ecos do Front Populaire da França nos anos 30, pautando as ideias de Caio Prado Jr e deflagrando o marxismo obrigatório na Europa de 45 até 56.

Os dois livros dialogam e mostram como persiste entre nós esse sarapatel de teses:
leninismo, getulismo desenvolvimentista e, agora, possível chavismo cordial.
A agenda óbvia para melhorar o Brasil é consenso entre grandes cientistas sociais.

Vários prêmios Nobel concordam com os pontos essenciais das reformas políticas e econômicas que fariam o Brasil decolar.

Mas, não; se o PT prevalecer com seu programa não declarado (o aparente engana...) não teremos nada do que a cultura moderna preconiza.

O que vai acontecer com esse populismovoluntaristaestatizante é previsível, é bêaacute;bá em ciência política.

O PT, que usou os bons resultados da economia do governo FHC para fingir que governou, ousa dizer que estabilizou a economia, quando o PT tudo fez para acabar com o Real, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, com tudo que agora apregoa como atos seus. Fingem-se de democratas para apodrecer a democracia por dentro.

Lula topa tudo para eleger seu clone que guardará a cadeira até 2014.
Se eleito, as chamadas forças populares, que ocupam mais de 100 mil postos no

Estado aparelhado, vão permanecer nas boquinhas, através de providências burocráticas de legitimação.

Os sinais estão claros.

As Agências Reguladoras serão assassinadas.

O Banco Central poderá perder a mínima autonomia se dirigentes petistas (que já rosnam) conseguirem anular Antonio Palocci, um dos poucos homens cultos e sensatos do partido.


Qualquer privatização essencial, como a do IRB, por exemplo, ou dos Correios (a gruta da eterna depravação), será esquecida.


A reforma da Previdência não é necessária já dizem eles pois os neoliberais exageram muito sobre sua crise, não havendo nenhum rombo no orçamento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada.


Os gastos públicos aumentarão pois, como afirmam, as despesas de custeio não diminuirão para não prejudicar o funcionamento da máquina publica.

Portanto, nossa maior doença o Estado canceroso será ignorada.
Voltará a obsessão do controle sobre a mídia e a cultura, como já anunciam, nos obrigando a uma profecia autorrealizável.

Leis chatas serão ignoradas, como Lula já fez com seus desmandos de cabo eleitoral da Dilma ou com a Lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, esquecendoa de propósito.

Lula sempre se disse igual a nós ou ao povo, mas sempre do alto de uma superioridade mágica , como se ele estivesse fora da política, como se a origem e a ignorância lhe concedessem uma sabedoria maior.


Em um debate com Alckmin (lembram?), quando o tucano perguntou a Lula ao vivo de onde vinha o dinheiro dos aloprados, ouviu-se um ohhhh!.... escandalizado entre eleitores, como se fosse um sacrilégio contra a santidade do operário puro.

Vou guardar este artigo como um registro em cartório.
Não é uma profecia; é o óbvio.

Um dia, tirá-lo-ei do bolso e sofrerei a torta vingança de declarar: Agora não adianta chorar sobre o chopinho derramado!...


Arnaldo Jabor

CAPITALIZAÇÃO : PETROBRÁS APENAS RECUPERA O SEU VALOR.

Muito comemorado pelo governo, o aporte de R$ 120 bilhões na capitalização da Petrobrás foi suficiente apenas para que a companhia recuperasse a perda de valor de mercado acumulada desde o início do ano na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Com a emissão de novas ações, a estatal espera atingir R$ 362,8 bilhões, ou somente R$ 15 bilhões a mais do que valia no fim de dezembro.

Em seis meses, desde então, o valor de mercado despencou 26%, até atingir os R$ 256,6 bilhões no fim de junho, segundo dados do balanço da empresa.

Foi a segunda maior queda no mercado global, atrás apenas da BP, que sofreu as consequências do vazamento de petróleo no Golfo do México.

Segundo analistas, o mau desempenho dos papéis da Petrobrás pode ser atribuído às incertezas que precederam a emissão de novas ações.

"O governo conduziu o processo (de capitalização) de maneira tão politizada que o mercado respondeu, vendendo ações da companhia", comentou o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Uma grande baixa nesse período foi a decisão do megainvestidor George Soros, de se desfazer das ações da estatal, considerada uma de suas principais apostas.

O valor de mercado projetado pela Petrobrás após a capitalização é 20,6% inferior ao recorde atingido pela companhia, no fim de junho de 2008, de R$ 457,4 bilhões.

Naquela época, porém, o mercado vivia a euforia que culminou com a crise global. O preço do petróleo, por exemplo, superou os US$ 150 por barril.

Depois de colocar R$ 74 bilhões na capitalização, o governo sai com um patrimônio inferior ao que tinha naquele período, quando a fatia de 39% nas ações (incluindo o BNDES) valia R$ 178,3 bilhões.

Hoje, com 48%, tem R$ 173,7 bilhões. Na comparação com dezembro, a parcela da União na Petrobrás cresceu R$ 35 bilhões, menos da metade do aporte feito na capitalização.

Ontem, as ações da Petrobrás continuaram com forte volatilidade na Bovespa: terminaram a manhã em queda, mas se recuperaram à tarde.
No fim do pregão, os papéis preferenciais subiram 0,76% e os ordinários (com direito a voto), 2,02%.

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Estado, porém, minimizaram a desvalorização dos papéis no último ano, afirmando que o cenário é pontual e influenciado diretamente pelo processo de capitalização.

Em média, o preço-alvo estimado para as ações da estatal até o fim do ano, segundo relatórios de bancos de investimento, supera os R$ 50, mesmo valor que a companhia atingiu pouco antes da crise internacional, em 2008.

Pires, do CBIE, porém, condiciona a recuperação das ações da empresa aos primeiros passos do próximo governo em relação à gestão do setor de petróleo.

Nicola Pamplona, Kelly Lima O Estado de S. Paulo

COLABOROU SUELI CAMPO

TESOURO E BNDES E O DESPREZO PELO RISCO DO PASSADO SE REPETIR NO FUTURO.

O governo optou por mais um empréstimo de RS 30 bilhões ao BNDES.

Há uma frase mágica utilizada por muitos para justificar esse novo empréstimo e os anteriores:
"Precisamos fortalecer o BNDES para aumentar o investimento e o crescimento do Brasil".

Antes desse novo empréstimo, o Tesouro deveria ter feito alguns esclarecimentos quanto ao custo e objetivo dessas operações.

Primeiro, essa nova operação mostra que não há limites para esse tipo de operação, que deverá continuar até que seu custo apareça de forma mais clara no crescimento da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e na classificação de risco da dívida pública.

Esse custo pode demorar a surgir, como demorou a opção feita nos anos 70 de sustentar o crescimento da economia com aumento da dívida após o primeiro choque do petróleo.

Vale lembrar que estratégia semelhante nos levou à década perdida.

Segundo, muitos acreditam que os empréstimos do Tesouro ao BNDES não têm custos, só benefícios.

No entanto, o Tesouro paga uma taxa de juros (Selic) para "conseguir dinheiro" muito maior do que a que recebe dos empréstimos ao BNDES (TJLP).


Essa diferença aumenta a DLSP e o custo de uma eventual política monetária restritiva.

Há quatro anos os empréstimos do Tesouro ao BNDES eram "zero" e hoje, com esse empréstimo, esse saldo já é de R$ 241,5 bilhões.

Terceiro, o BNDES é hoje um banco com capacidade de empréstimo anual não muito superior a R$ 70 bilhões, valor insuficiente ante a demanda imposta ao banco.

Na incapacidade de aumentar a poupança pública para financiar o investimento de forma clara no orçamento, as operações de empréstimos do Tesouro ao BNDES são uma forma de "esconder" a necessidade de aumentar a poupança para ampliar o investimento.

É difícil avaliar o mérito dessas operações do Tesouro com o BNDES quando não se tem claro o custo e de que forma esse dinheiro vem sendo e será utilizado.

O Tesouro Nacional tem uma das equipes técnicas mais competentes que conheço, que diariamente faz simulações dos custos dessas operações.

Assim, parece haver uma opção para que essas simulações não sejam explicitadas, algo semelhante ao que se faz na China, que não deve ser modelo para o Brasil.

Mansueto Almeida O Estado de S. Paulo
É TÉCNICO DE PLANEJAMENTO E PESQUISA DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA)

A HORA E A VEZ DA JUSTIÇA E O VOTO CONSCIENTE.


É tempo de urgência!


Gostaría de escrever sobre amabilidades, amores que se completam...Gostaria!
Mas uma cortina de mentiras e de cinismo,há 8 anos escurece o país.

O negrume de nuvens apocalipticas, sombreia o palácio do planalto...Há crimes e cadáveres insepultos... Há, sobretudo, o deboche sobre a nossa história...

Lênin, embalsamado, é invocado por parasitas mentais!

Corporações financeiras, adulam os juros mais altos do planeta, enquanto, Lula, surfa na estabilidade formatada por Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso e proclama, megalômano, que ele, O Grande Timoneiro, praticamente, descobriu o Brasil!

O terceiro mandato, tenta realizar-se, com a eleição de uma pessoa despreparada, e que "interpreta" a mãe do país, mal sabendo, que seus olhos revelam sua verdadeira natureza!

Rezo por sua saúde, e oro por sua derrota politica, que sería a continuidade do assalto aos cofres públicos!

O segundo turno aproxima-se!
As gangues sindicais afiam sua garras!
Celso Daniel e Toninho de Campinas pedem JUSTIÇA!
A lei de causa e efeito é implacável;o próprio Universo, nela se apóia!

No Pasarán, pelos justos, pelos que tem sede de justiça.
No pasarán, pelos heróis que sacrificaram suas vidas pelo bem da nação!

Aos que me honraram até agora, meus amigos seguidores, continuemos juntos!
Repito:
não se trata apenas, de mais uma eleição; o que está em jogo é todo um projeto de poder pelo poder!

Agora, mais do que nunca: estamos juntos!
Assinem o Manifesto pela liberdade!!!

Nas Veredas do Vereza