"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 27, 2009

DILMA E OS "JUDAS"

No evangelho político do presidente Lula, se Judas Iscariotes, o apóstolo traidor, fosse brasileiro, Jesus Cristo teria de fazer com ele uma aliança tática para governar.

A semelhança, se tivesse partido de uma pessoa com escrúpulos seria estranha, mas  partindo de Lula retrata o uso de uma uma receita aplicada desde o  segundo mandato pelo próprio presidente.

Para garantir uma maioria folgada no Congresso, Lula aliou-se aos fariseus históricos da nossa política.


Enchendo-lhes de dádivas: cargos, verbas e visibilidade. Em troca, recebe apoio e proteção. 

Apesar dos escândalos que fraternidades assim com certeza produzem e já produziram aos montes  ( mais de 100),  e os altíssimos índices de popularidade do governo sustentam a convicção oficial de que esse é o 
caminho certo.

A "discípula" mais apropriada para viabilizar os  ambiciosos projetos de poder. 
A ministra Dilma Rousseff, a candidata à sucessão de Lula, já assimilou os ensinamentos do mestre. 

Nas últimas semanas, ela selou pactos de fidelidade com alguns partidos.

Entre os quais o PMDB de José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto e do deputado Edmar Moreira, o homem do castelo, e o PP de Paulo Maluf.