"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 22, 2015

PETEBRAS - coloca à venda cinco ativos, incluindo áreas do pré-sal, diz jornal. Estatal deve vender fatias na Gaspetro/BR Distribuidora/usinas térmicas e campos do pré-sal que não são contemplados na lei que obriga a estatal a ser operadora única na exploração

A Petrobras já definiu os primeiros ativos que pretende vender para melhorar o seu caixa e diminuir o seu endividamento, informa reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira. Entre os bens estão a comercialização de quatro campos de petróleo situados nas áreas do pré-sal, o parque de geradoras de energia térmica e a fatia minoritária de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora e a Gaspetro.


Os campos do pré-sal escolhidos seriam os localizados nas bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP) que não entraram na lei que obriga a estatal a ser operadora única da exploração. São eles o BMC-33, Tartaruga Verde (MBC-36), Júpiter (BMS-24) e o BMS-8.

Todas essas áreas têm previsão de operação apenas em 2021, o que exigiria uma grande soma de investimentos até lá. O objetivo da Petrobras de se livrar de alguns ativos é justamente para aliviar o seu caixa de aportes maciços nos próximos anos. O processo de venda está sendo conduzido pelo Bank of America.

Em relação às usinas térmicas, a Petrobras planeja vender 49% do parque de energia. Grandes empresas globais já se interessaram pelo negócio, mas há um entrave que ainda precisa ser solucionado quanto ao abastecimento de gás. Atualmente, a Petrobras não tem nenhum contrato que garanta o fornecimento do produto para as térmicas, o que deve ser formalizado em breve para aumentar a atratividade do negócio.

A Petrobras também busca um grupo disposto a comprar 49% da holding que controla a distribuidora de gás, a Gaspetro, e um sócio minoritário para a Petrobras Distribuidora (BR), dona dos postos de gasolina com bandeira da estatal.

Veja.com

E se Aécio tivesse ganhado a eleição?

Manifestantes ligados ao PT e às centrais sindicais pararam ontem a Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o anúncio do governo federal de cortar 70 bilhões de reais do orçamento. Também houve manifestações em Brasília, onde cerca de 400 pessoas tentaram impedir a reunião do presidente Aécio Neves com a chefe do FMI, Christine Lagarde.

O ex-presidente Lula classificou a reunião com o FMI de um ato de submissão do Brasil ao sistema financeiro internacional. “As elites conseguiram o que queriam: curvar o país ao FMI e tirar o dinheiro da saúde e da educação”, disse Lula. “Não podemos interromper a nossa luta contra o sistema neoliberal tucano.”

Paredes de sete ministérios amanheceram pichadas com as frases “Contra o ajuste neoliberal”, “Fora Aécio, Fora FMI”, “Volta, Dilma” e “Fora, tucanos”.

Em protesto contra o corte do orçamento da Educação, pelo menos quarenta universidades federais decidiram manter a greve que já completa três meses. “Se Dilma tivesse sido reeleita, não estaríamos passando esse vexame”, afirmou o presidente do sindicato dos professores.

Celebridades ligadas à esquerda também se pronunciaram. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, o ator José de Abreu e o escritor Fernando Morais preparam uma marcha de intelectuais a Brasília. O cantor Chico Buarque publicou nas redes sociais uma foto vestindo uma camiseta com a frase “Ajuste fiscal não”.

Em Porto Alegre, a ex-presidente Dilma Rousseff classificou o corte de gastos como absurdo e inadmissível. Ao lado de Arno Augustin, ex-secretário do Tesouro Nacional, ela disse: “O que eu posso dizer a vocês, no sentido de afirmar mesmo, é que o Brasil está numa posição, ou melhor, num posicionamento e de atitudes que jamais aconteceriam se a eleição tivesse outro resultado, não aquele resultado que teve efetivamente”. Pelo que a reportagem conseguiu entender da declaração, a presidente quis dizer que jamais colocaria um banqueiro no Ministério da Fazenda ou concordaria com cortes de gastos.

Leandro Narloch/O Caçador de Mitos
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