"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

outubro 24, 2014

A resposta oficial de VEJA às agressões da candidata-presidente Dilma


Sobre a fala da presidente no horário eleitoral

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ocupou parte de seu horário eleitoral para criticar VEJA, em especial a reportagem de capa desta semana. Em respeito aos nossos leitores, VEJA considera essencial fazer as seguintes correções e considerações:

1) Antecipar a publicação da revista às vésperas de eleições presidenciais não é exceção. Em quatro das últimas cinco eleições presidenciais, VEJA circulou antecipadamente, no primeiro turno ou no segundo.

2) Os fatos narrados na reportagem de capa desta semana ocorreram na terça-feira. Nossa apuração sobre eles começou na própria terça-feira, mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária para publicação na tarde de quinta-feira passada.

3) A presidente centrou suas críticas no mensageiro, quando, na verdade, o cerne do problema foi produzido pelos fatos degradantes ocorridos na Petrobras nesse governo e no de seu antecessor.

4) Os fatos são teimosos e não escolhem a hora de acontecer. Eles seriam os mesmos se VEJA os tivesse publicado antes ou depois das eleições.

5) Parece evidente que o corolário de ver nos fatos narrados por VEJA um efeito eleitoral por terem vindo a público antes das eleições é reconhecer que temeridade mesmo seria tê-los escondido até o fechamento das urnas.

6) VEJA reconhece que a presidente Dilma é, como ela disse, “uma defensora intransigente da liberdade de imprensa” e espera que essa sua qualidade de estadista não seja abalada quando aquela liberdade permite a revelação de fatos que lhe possam ser pessoal ou eleitoralmente prejudiciais.

Transcrito de Reinaldo Azevedo/Veja

DEFINITIVAMENTE : AGORA É AÉCIO


É hora de iniciar uma nova era de prosperidade, com rigor e segurança, respeito à democracia, devoção à ética e, sobretudo, aos brasileiros. Hora de unir novamente o Brasil

Daqui a dois dias, 141 milhões de brasileiros irão novamente às urnas para decidir quem será o novo presidente do Brasil. No primeiro turno, mais da metade dos eleitores escolheram Aécio Neves e Marina Silva e votaram pela mudança. Votaram por um projeto claro, por um novo país, mais justo, mais fraterno, mais unido e desenvolvido.

Esses milhões de brasileiros também votaram contra os desmandos e desgovernos da atual gestão. Foram às urnas contra a política intervencionista da atual presidente, cujo resultado catastrófico está explícito na economia, ora em recessão, e contra o projeto de poder de um partido que não hesita em subordinar instituições do Estado a interesses eleitoreiros.

Ainda mais importante: 
esses milhões de brasileiros votaram a favor de um candidato com um plano de governo consistente. Além de contar com quadros técnicos comprovadamente competentes, a candidatura tucana tem as melhores ideias para fazer o país avançar. Aécio Neves é o caminho seguro para o Brasil mudar de verdade.

Mudar de verdade é fazer as reformas estruturais que o país tanto precisa para retomar os trilhos do desenvolvimento, com crescimento sustentável e inflação controlada; é oferecer aos cidadãos serviços públicos de melhor qualidade e cuidar de quem mais precisa; é combater o desperdício e o inchaço da máquina pública. É governar com competência.

Mudar de verdade é premiar o mérito e valorizar o esforço individual; é oferecer igualdade de oportunidades e mais transparência; é garantir mais saúde, segurança, educação e levar desenvolvimento a todas as regiões do país. É governar para todos.

Mudar de verdade é colocar o interesse nacional acima das conveniências partidárias ou pessoais; é não compactuar com o malfeito e deplorar a corrupção; é valorizar permanentemente as instituições democráticas, a liberdade e a solidariedade. É governar com ética.

Para além de suas virtudes de liderança, o Brasil, mais que nunca, precisa da habilidade conciliadora e da força transformadora de Aécio Neves. A partir de 1º de janeiro, o novo presidente terá como missão a necessidade de voltar a unir um país cindido pelo discurso raivoso e irresponsável que, a cada eleição, tenta dividir o Brasil entre "nós e eles", "Norte e Sul", "ricos e pobres". Os brasileiros sabem que na construção de uma nação forte não há espaço para esse tipo de retórica rasa, apelativa, destrutiva. É preciso união.

Após 12 anos de PT no poder, a candidatura tucana está pronta para resgatar o Brasil de uma sequência de gestões ruins. Neste momento, os eleitores ávidos por mudanças unem-se em busca da superação do ciclo fracassado do atual governo. É hora de iniciar uma nova era de prosperidade, com transparência e segurança, respeito à democracia, devoção à ética e, sobretudo, aos brasileiros.
 É hora de unir novamente o Brasil
É hora de Aécio.


Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

BRASIL REAL 24/OUTUBRO/2014

ENQUANTO A GERENTONA 1,99 DOS RECORDES NEGATIVOS DO CACHACEIRO TÁ NA "GANDAIA" : NO brasil maravilha dos VELHACOS... Déficit das contas externas quase triplica e chega a US$ 7,9 bi, maior desde 1947

Nem mesmo a alta de quase 10% do dólar – que poderia impulsionar as exportações e frear os gastos – fez com que o Brasil não registrasse o pior rombo nas contas externas em setembro. Muito pelo contrário. O déficit cresceu nada menos que 186% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O resultado de todas as trocas de serviços e comércio com o restante do mundo ficou negativo em US$ 7,9 bilhões: 
o maior desde 1947, quando o BC começou a registrar os dados. 
O rombo acumulado nos últimos 12 meses representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB). É a pior relação desde fevereiro de 2002

O déficit de setembro veio muito acima do previsto pelo BC. A aposta da autarquia era de um resultado negativo de US$ 6,7 bilhões. Essa disparada do rombo das contas externas foi provocada pelo déficit da balança comercial em setembro de US$ 940 milhões. O país ainda gastou US$ 4,7 bilhões em serviços. Praticamente a metade disso é de gastos com viagens internacionais.

Apesar do dólar mais caro, o brasileiro bateu novamente um recorde de despesas em viagens ao exterior. Só em setembro, o turista deixou US$ 2,4 bilhões lá fora: nunca o Banco Central registrou uma gastança desse tamanho nesse mês. É ainda o segundo maior gasto para qualquer mês. Só perde para julho, período de férias escolares.

— Houve uma redução da corrente de comércio tanto das exportações quanto das importações. Agora, em setembro, houve queda maior das exportações. A gente pode atribuir isso a perda de preços de itens importantes da nossa pauta — explicou o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

No ano, as chamadas transações correntes acumulam um rombo de US$ 62 bilhões. É outro recorde. Em outubro, deve ser registrado um novo déficit de 6,6 bilhões, segundo a projeção do BC. Mesmo com a sequência de dados negativos, o Banco Central repete que não há preocupação em relação à situação das contas externas brasileiras.

— O fundamental aqui é olhar as condições de financiamento. E essas condições estão confortáveis — garantiu Maciel.

Ele refere-se aos investimentos que chegam no país. 
Apesar de estar mais dependente de capitais especulativos, o Brasil recebe uma boa quantidade de recursos de boa qualidade. E em setembro, houve surpresa positiva: os investimentos estrangeiros diretos, aqueles que chegam para ampliar a capacidade de produção das fábricas, foram de US$ 4,2 bilhões.
 A expectativa do BC era de uma entrada de US$ 3 bilhões.

Gabriela Valente/O Globo