"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 24, 2012

FELIZ NATAL

Todos os anos a esperança se renova no coração daqueles que acreditam que ainda possa existir um mundo melhor, 
no coração dos desesperançosos...
dos inacreditáveis...
dos que também acreditam, 
que o espírito do Natal ainda possa transformar pequenos sonhos em grandes realidades e que se faça presente sempre não só no coração, 
mas também na alma do ser humano.
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O 2012 DA GERENTONA/FARSANTE/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA DOS CANALHAS E DE UM POVO CRÉDULO E SETORES COM VÍCIOS. Um ano de metas furadas: da atividade à arrecadação

Ao mesmo tempo que ficará na História como o ano em que os juros caíram a um patamar nunca antes experimentado pelos brasileiros, 2012 também será lembrado por previsões frustradas na economia.

Se, de um lado, com os cortes da taxa básica (Selic) desde agosto de 2011, a União economizou US$ 40 bilhões com juros da dívida pública, de outro, o governo injetou na economia, com desonerações e outros incentivos, R$ 45 bilhões e, ainda assim, não conseguiu impulsionar a atividade.

O ano chega ao fim com crescimento de apenas 1%, mas o governo esperava entre 4,5% e 5%.

Outra frustração é a inflação - que deveria ser de 4,5% - e será de cerca de 5,7% no ano. Neste caso, a equipe econômica conta com a complacência dos economistas que lembram o estouro nos preços de commodities e a quebra de safra nos EUA. No caso do emprego, a meta de criar dois milhões de vagas formais não foi atingida: até novembro faltam 230 mil. Dezembro é historicamente um mês de queda na contratação. Em anos bons, são menos 350 mil. Em anos em que a economia vai mal, o déficit pode chegar a 600 mil.

Com a arrecadação em queda muito maior do que a esperada, o governo não poupará o prometido para pagar os juros da dívida. No início de novembro, a equipe econômica anunciou o que analistas dizem há meses: não cumpriria a meta integral de superávit primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjuntos de bens e serviços produzidos).

Se viu obrigada a recorrer, pela primeira vez na gestão de Dilma, ao expediente de abater os gastos com investimentos do Programa de Aceleração Econômica (PAC). Será preciso descontar algo em torno de R$ 25,6 bilhões e ainda assim há dúvidas se conseguirá a economia de R$ 139,8 bilhões prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Mas uma conjunção de fatores favoreceu o governo no campo fiscal. Juros em queda e alta do dólar fizeram com que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) ficasse no menor nível já visto no Brasil. A mesma sorte não tiveram os investimentos privados e públicos, que não decolaram. Obras como a Usina de Tapajós não saíram do papel.

O leilão dos aeroportos ficou para 2013.
O trem-bala também.
A previsão de crescimento da indústria se frustrou e o setor encolheu este ano. Nem mesmo os incentivos governamentais salvaram o ano da indústria.

- Capitalismo não funciona desse jeito, à base de incentivo, o empresário quer regras claras - afirmou um dos maiores críticos do governo e ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman.

crise global, vilã do pibinho

Apática, a indústria não mostrou reação à invasão de importados. No entanto, os outros países não venderam para o Brasil o que o governo esperava. A balança comercial brasileira amargou queda tanto nas compras, quanto nas vendas. A meta de exportações foi esquecida pelo governo.

Para o economista Octavio de Barros, do Bradesco, a crise internacional tem três quartos da culpa do baixo crescimento. Na parcela restante estão fatores como seca no Nordeste, crise do Dnit, queda de produtividade da bacia de Campos, crise argentina que afetou manufaturados brasileiros, problemas com bancos pequenos e médios e com caminhões no início do ano. Ele acha que o crescimento da gestão Lula não se repetirá.

- O país precisa de novos vetores de crescimento mais relacionados à produtividade e à infraestrutura, que avançaram relativamente pouco nos anos anteriores - ponderou o economista. - Tem ficado cada vez mais claro que juros e câmbio não resolvem sozinhos os problemas de crescimento do Brasil.

"fazenda errou bastante"

Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, o governo passou a ser mais realista muito perto do fim do ano. O BC, segundo ele, acertou em cheio. Mas a Fazenda parecia ter um timing diferente e errou bastante.

- Tentou se manter mais otimista, demonstrar mais confiança do que havia de fato. Isso não prejudica a confiança do mercado, que se baliza na condução da política monetária pelo BC, mas atrapalha a previsibilidade empresarial. Muitas companhias podem ter agido seguindo sinais da Fazenda - afirmou o economista Carlos Thadeu.

Para o ex-secretário de Política Econômica da Fazenda Júlio Gomes de Almeida, 2012 começou com um otimismo exagerado.

- Estamos passando por um processo de transição da economia. Com tudo o que foi feito, a gente deveria ver resultado e esse resultado deveria ser igual a maior crescimento - comentou ele.

Valente e Vivian Oswald O Globo

PARA REGISTRO ! NULIDADE : Congresso tem ano marcado por projetos irrelevantes e papelão. ANTRO DOS ADEPTOS DA POLITICALHA.


Do Congresso Nacional, pode se esperar de tudo e isso não é novidade. Mas 2012 ficará marcado como um dos anos mais frustrantes do Legislativo brasileiro:
 uma CPI desmoralizou o Parlamento, um senador foi cassado por envolvimento com uma quadrilha de contraventores, uma lista de projetos irrelevantes foi apresentada em profusão e a fanfarrice do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), por pouco não provocou uma crise institucional com o Poder Judiciário.

Para finalizar, o Congresso fechou o ano sem conseguir aprovar o Orçamento da União para 2013 em tempos de crescimento econômico minúsculo.

Instalada para investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com parlamentares, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que levava o nome do contraventor foi usada pelo PT para tentar atacar seus adversários e tentar tirar o foco do julgamento do mensalão.

Terminou sem relatório dos trabalhos e expondo o relator, o petista Odair Cunha (MG), ao ridículo, com o parecer rejeitado. O caso Cachoeira também culminou na cassação do mandato do senador goiano Demóstenes Torres.

CPI do Cachoeira:

No final do ano, nova trapalhada: o presidente da Câmara, Marco Maia, decidiu propor o enfrentamento com o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar salvar os deputados mensaleiros condenados pela corte. No limite, chegou a deixar em aberto a possibilidade de manter os mensaleiros acampados no plenário da Casa já que a Polícia Federal não poderia entrar no local caso a prisão imediata deles fosse decretada.

Também no apagar das luzes do ano, o Congresso cogitou montar um insano cronograma para votar mais de 3.000 vetos presidenciais, parados há 12 anos, para conseguir analisar o veto da presidente Dilma Rousseff à nova "Lei de Royalties". Não deu certo e o resultado foi que, até agora, o Orçamento da União segue sem aprovação.

Projetos - Em busca de um novo nicho de mercado, o deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC), por exemplo, apresentou projeto para impor a bares e restaurantes a criação de cardápios com porções reduzidas para pacientes que foram operados para redução de estômago.

O parlamentar, claro, tenta fazer justiça:
é pouca comida, mas não desperdiça e tudo sai pela metade do preço.

Outro deputado, desta vez o catarinense Celso Maldaner, quer até restringir o cardápio. Não que ele esteja preocupado com a cirurgia bariátrica dos outros, mas quer que a administração pública seja obrigada a comprar apenas maçãs nacionais. Se a preferência for pela fruta estrangeira, a chance do consumidor seria torcer pela indisponibilidade nacional: única condição para o texto ser desrespeitado.

No Congresso brasileiro, existem os que querem acabar até mesmo com os brindes de restaurantes fast food. Sob o argumento de que os brinquedos podem criar uma lógica prejudicial de consumo e incentivar valores distorcidos, o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) sugere o fim de mimos em alimentos que não sejam saudáveis, coibindo a alegria das crianças com palhacinhos, heróis de desenho animado e massinhas de modelar.

 Aparentemente tão inocentes quanto as lembrancinhas dos sanduíches, se depender da vontade parlamentar, as caixas de papelão também são alvo de extinção. O deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP) pretende proibir em todo o Brasil que supermercados e o comércio em geral entreguem a seus clientes caixas para transportar mercadorias.

O argumento é sanitário:
Zimbaldi diz que o formato dos recipientes acumula bactérias e insetos e representa um risco à saúde pública.

Para além das preocupações legais com os aspectos mais diversos da alimentação do povo brasileiro, deputados e senadores também parecem querer reverter, mesmo que de modo enviesado, a carga tributária nacional. Crítica unânime entre a população, os 14 impostos federais incidentes sobre a energia elétrica deveriam ser banidos, segundo a deputada Antônia Lúcia (PSC-AC).

Não para todo o Brasil, claro, mas apenas para o Acre, estado que elegeu a congressista. A justificativa é que a população acreana, essencialmente pobre, tem a conta de energia onerada em 40% só por causa dos impostos.

Entre os inúmeros projetos de lei que entopem os escaninhos do Congresso, sempre existiu quem pretende homenagear políticos, mortos célebres e figuras folclóricas. Depois de o ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), defender como deputado a criação do Dia do Saci, o deputado Lincoln Portela (PR-MG), pegando carona no Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, quer instituir o Dia da Menina, em 11 de outubro.

Uma forma, segundo ele, de dar visibilidade às jovens em situação de vulnerabilidade.

Não para prestar homenagem, mas para garantir que o país nunca se esqueça do célebre julgamento dos mensaleiros no Supremo Tribunal Federal, o senador Mário Couto (PSDB-PA) arriscou propor a criação de uma data nacional: o Dia do Mensalão, a ser celebrado em 12 de novembro. A escolha, diz o paraense, é proposital: foi quando o STF confirmou pena de mais de dez anos de prisão ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

E, se há quem diga que, antes de morrer, todos devem escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho, uma parcela da meta estará, em parte, resolvida, se depender do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC).

Ele apresentou à Câmara a inusitada proposta de decretar que a cada criança nascida, uma árvore deverá ser plantada. O documento não prevê exatamente quem deverá realizar o plantio – o estado, a família e até mesmo a própria pessoa, já que não estipula prazos. Ao menos não restringe o tipo de espécie e facilita a vida do cumpridor da lei ao oferecer gratuitamente a muda.

Em época de rigidez da Lei Seca – a multa por dirigir embriagado agora beira os dois mil reais, o deputado José Otávio Germano (PP-RS), antevendo que a presidente Dilma Rousseff sancionaria medidas mais duras para quem combina álcool e volante, encontrou uma solução um tanto prática.

Nem táxi, muito menos o tradicional “amigo da vez”:
para evitar surpresas, nada melhor do que ter o próprio bafômetro no carro. Com o equipamento obrigatório nos veículos, segundo a proposta, “em caso de consumo de bebida alcoólica, o próprio condutor poderia verificar se está ou não dentro dos limites da regulamentação”.