"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 28, 2012

DETALHES DO ENCONTRO ENTRE GILMAR MENDES E O PARLAPATÃO APRENDIZ DE DÉSPOTA, FRUSTRADO

(...)
Zero Hora

— Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?

Ministro Gilmar Mendes
— Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.

ZH
— Sua viagem a Berlim tem motivado uma série de boatos.
O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres lá?

Mendes
— Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.

ZH
— O senhor acredita que os vazamentos são por parte da polícia, de quem investigou?

Mendes
— Ou de quem tem domínio disso. E aí espíritos menos nobres ficam se aproveitando disso. Estamos vivendo no Supremo um momento delicado, nós estamos atrasados nesse julgamento do mensalão, podia já ter começado.

ZH
— Esse atraso não passa para a população uma ideia de que as pressões sobre o Supremo estão funcionando?

Mendes
— Pois é, tudo isso é delicado. Está acontecendo porque o processo ainda não foi colocado em pauta. E acontecendo num momento delicado pelo qual o tribunal está passando. Três dos componentes do tribunal são pessoas recém-nomeadas. O presidente está com mandato para terminar em novembro. Dois ministros deixam o tribunal até o novembro. É momento de fragilidade da instituição.

ZH
— Quem pressiona o Supremo está se aproveitando dessa fragilidade?

Mendes
— Claro. E imaginou que pudesse misturar questões. Por outro lado não julgar isso agora significa passar para o ano que vem e trazer uma pressão enorme sobre os colegas que serão indicados. A questão é toda institucional. Como eu venho defendendo expressamente o julgamento o mais rápido possível é capaz que alguma mente tenha pensado: “vamos amedrontá-lo”. E é capaz que o próprio presidente esteja sob pressão dessas pessoas.

ZH
— O senhor não pensou em relatar o teor da conversa antes?

Mendes
— Fui contando a quem me procurava para contar alguma história. Eu só percebi que o fato era mais grave, porque além do episódio (do teor da conversa no encontro), depois, colegas de vocês (jornalistas), pessoas importantes em Brasília, vieram me falar que as notícias associavam meu nome a isso e que o próprio Lula estava fazendo isso.

ZH
— Jornalistas disseram ao senhor que o Lula estava associando seu nome ao esquema Cachoeira?

Mendes
— Isso. Alimentando isso.

ZH
- E o que o senhor fez?

Mendes
— Quando me contaram isso eu contei a elas (jornalistas) a conversa que tinha tido com ele (Lula).

ZH
— Como foi essa conversa?

Mendes
— Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle, como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.

ZH
— Como ele demonstrou preocupação com o mensalão, o que falou?

Mendes
— Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.

ZH
— Ele disse que o José Dirceu está desesperado?

Mendes
— Acho que fez comentário desse tipo.

ZH
— Lula lhe ofereceu proteção na CPI?

Mendes
— Quando a gente estava para finalizar, ele voltou ao assunto da CPMI e disse “que qualquer coisa que acontecesse, qualquer coisa, você me avisa”, “qualquer coisa fala com a gente”. Eu percebi que havia um tipo de insinuação. Eu disse: “Vou lhe dizer uma coisa, se o senhor está pensando que tenho algo a temer, o senhor está enganado, eu não tenho nada, minha relação com o Demóstenes era meramente institucional, como era com você”. Aí ele levou um susto e disse: “e a viagem de Berlim.” Percebi que tinha outras intenções naquilo.

ZH
— O ex-ministro Nelson Jobim presenciou toda a conversa?

Mendes
— Tanto é que quando se falou da história de Berlim e eu disse que ele (Lula) estava desinformado porque era uma rotina eu ir a Berlim, pois tenho filha lá, que não tinha nada de irregular, e citei até que o embaixador nos tinha recebido e tudo, o Jobim tentou ajudar, disse assim: “Não, o que ele está querendo dizer é que o Protógenes está querendo envolvê-lo na CPI”. Eu disse: “O Protógenes está precisando é de proteção, ele está aparecendo como quem estivesse extorquindo o Cachoeira”. Então, o Jobim sabe de tudo.

ZH
— Jobim disse em entrevista a Zero Hora que Lula foi embora antes e o senhor ficou no escritório dele tratando de outros assuntos.

Mendes
— Não, saímos juntos.

ZH
— O senhor vê alternativa para tentar agilizar o julgamento do mensalão?

Mendes
— O tribunal tem que fazer todo o esforço. No núcleo dessa politização está essa questão, esse retardo. É esse o quadro que se desenha. E esse é um tipo de método de partido clandestino.

ZH
— Na conversa, Lula ele disse que falaria com outros ministros?

Mendes
— Citou outros contatos. O que me pareceu heterodoxo foi o tipo de ênfase que ele está dando na CPI e a pretensão de tentar me envolver nisso.

ZH
— O senhor acredita que possa existir gravação em que o senador Demóstenes e o Cachoeira conversam sobre o senhor, alguma coisa que esteja alimentando essa rede que tenta pressioná-lo?

Mendes
— Bom, eu não posso saber do que existe. Só posso dizer o que sei e o que faço.

Adriana Irion
Zero Hora

Presidente do Supremo afirma que chegou a hora de julgar o mensalão

Independentemente da polêmica envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Defesa e do Supremo Nelson Jobim, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, afirmou nesta segunda-feira, 28, que é chegada a hora do julgamento do maior escândalo do governo Lula, conhecido como mensalão.

"Chegou a hora de julgar (o mensalão)", garantiu o ministro do STF, após participar do V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, na capital.


A respeito da polêmica envolvendo o ministro Gilmar Mendes, o ex-presidente Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, Ayres Britto limitou-se a dizer:
"Foi um diálogo protagonizado por três agentes, dois desses agentes já falaram (Mendes e Jobim), falta o terceiro (Lula). Aguardemos a fala do terceiro". Segundo reportagem da revista Veja deste fim de semana, o ex-presidente Lula teria sugerido proteção a Gilmar Mendes, na CPI do Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento do mensalão no STF, em encontro ocorrido no escritório de advocacia de Jobim.


Ainda sobre o julgamento do mensalão, Ayres Britto disse que ele será levado a julgamento assim que terminar o trabalho do ministro revisor deste processo, Ricardo Lewandowski. O presidente do Supremo lembrou que a corte já discute a logística e o cronograma do julgamento e afirmou que, a despeito de compreender a demanda da sociedade por esse julgamento, é "preciso que o processo ocorra sem predisposição para condenar ou absolver".

Daiene Cardoso, da Agência Estado

O APRENDIZ DE DÉSPOTA frustrado, O PARLAPATÃO ASQUEROSO , O FILHO... do brasil E SUA CANALHICE

A reentrada de Luiz Inácio Lula da Silva na vida política nacional tem se mostrado lastimável. Desde que se recuperou do câncer na laringe, para o que contou com a solidariedade incondicional de todos os brasileiros, ele tem adotado atitudes indignas para um ex-presidente.

Não difere em nada da postura indecente do partido dele, o PT.


O mais recente episódio envolvendo Lula em tenebrosas tratativas foi revelado pela revista Veja em sua edição desta semana. O ex-presidente sugeriu a Gilmar Mendes, um dos 11 ministros do STF, que postergasse o julgamento do mensalão para 2013, data considerada menos "inconveniente" por Lula.

Mas a conversa não parou por aí e foi seguida de uma chantagem explícita por parte do ex-presidente. Ele sugeriu que tem o controle da CPI que investiga as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira com o submundo da política e que, nesta posição, poderia livrar Mendes de qualquer apuração mais constrangedora.

"Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, seria blindado na CPI.
Decupando acena, o que se tem é um ex-presidente oferecendo salvo-conduto a um ministro da mais alta corte do país, como se o Brasil fosse uma nação de beduínos do século XIX com sua sorte entregue aos humores de um califa", resume a revista.


Como de praxe, Lula negou o conteúdo revelado pela revista, assim como o fez também o ex-ministro Nelson Jobim, anfitrião do encontro.

Mas hoje Jorge Bastos Moreno esmiúça, n
O Globo, ainda mais a conversa, ocorrida em 26 de abril, uma quinta-feira:
"Gilmar teve a prova definitiva de que tinha sido escolhido pelo PT como símbolo da tentativa de desmoralizar o Judiciário".


Para tentar constranger a mais alta corte judiciária do país, Lula fia-se no fato de ter indicado seis dos 11 atuais ministros do Supremo. Acha que, por isso, teria ascendência e força suficientes para orientar-lhes os votos.

Trata-se de uma visão torpe de como devem funcionar as instituições num regime republicano. Lula acha que o que vale é o poder de mando.


A cruzada do ex-presidente para reescrever a história e tentar transformar o mensalão em farsa não tem limites. Vem desde que ele ainda ocupava o cargo mais alto do Poder Executivo. Mas Lula passou a dedicar-se especialmente à missão depois que voltou à planície.

É certo, por exemplo, que o ex-presidente esteve por trás da criação da CPI, cujo objetivo escancarado é desviar a atenção do julgamento do escândalo comandado por José Dirceu e seus outros 35 réus, atingir a imprensa e o Ministério Público, e constranger a oposição.

Lula é um líder partidário e suas atitudes deletérias acabam servindo de exemplo para seus simpatizantes. Se um ex-presidente se vê no direito de agir com tamanha desenvoltura para deflagrar um ilícito como o que propôs a Gilmar Mendes, o que esperar de seus seguidores?

A postura do PT não deixa dúvidas de que os maus hábitos, desde seu maior expoente, são a tônica por lá. É o que mostra, por exemplo, a suspeitíssima movimentação financeira do partido de Lula em 2011, ano em que os petistas encheram os cofres de dinheiro, arrecadado de empresas agraciadas com contratos firmados com o governo federal.

No ano passado, o PT obteve R$ 50,7 milhões em doações feitas por pessoas jurídicas. O valor corresponde a aproximadamente 20 vezes o que o PMDB e o PSDB, cada um, arrecadaram no mesmo período - respectivamente, o segundo e o terceiro maior montantes.

Equivale a 89,5% de tudo o que foi doado por empresas aos 29 partidos brasileiros em 2011, informa o Valor Econômico hoje.


Parte desta montanha de dinheiro - advindo de empresas com milionários contratos com o governo Dilma Rousseff, como mostrou O Globo no sábado - foi usada para pagar uma suposta dívida do PT com o Banco Rural, no valor de R$ 8,3 milhões.

O partido tenta dar ares de operação financeira ao que foi, na realidade, pura lavagem de dinheiro do mensalão. Irmana-se, portanto, a Lula na construção de sua própria farsa.


O comportamento do ex-presidente difere de tudo o que se espera de alguém que já ocupou o mais alto cargo da República. Afasta-se do que se poderia aguardar de quem gostaria de entrar para a história como o mais querido presidente brasileiro.

Mas que não restem dúvidas:
o mensalão existiu e o medo que os principais acusados têm de passar alguns anos na cadeia - corroborado pela atitude indecorosa de Lula - é a prova mais evidente disso.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Atitudes indecentes

A INSUSTENTÁVEL NÃO LEVEZA DO CRESCIMENTO! PÃO&CIRCO R$1,99 - Mercado já prevê PIB abaixo de 3% em 2012



O mercado financeiro reduziu pela terceira semana consecutiva a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2012.

De acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, a mediana das projeções para a expansão da economia em 2012 caiu de 3,09% para 2,99%.

Pela primeira vez em 2012, a projeção ficou abaixo de 3%. Para o ano que vem, a aposta de crescimento foi mantida em 4,50%. Um mês antes, as estimativas na pesquisa Focus eram de expansão de 3,22% neste ano e de 4,30% em 2013.

No mesmo levantamento, a projeção para o crescimento da indústria em 2012 manteve-se em 1,58%. Para 2013, a mediana das estimativas para a expansão industrial apresentou leve melhora e aumentou de 4,20% para 4,25%. Um mês antes, a pesquisa apontava expectativa de crescimento de 2,02% neste ano e de 4% em 2013.

Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 35,9% para 35,83%. Para 2013, a projeção seguiu em 34,5%. Há quatro semanas, as estimativas estavam, respectivamente, em 36,2% e 34,7% do PIB para cada um dos dois anos.

Dólar

A mediana das estimativas dos analistas para o preço do dólar no fim deste ano subiu de R$ 1,85 para R$ 1,90. Para 2013, o mercado manteve a estimativa de que a moeda deve fechar o ano em R$ 1,85. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,80 no encerramento de 2012 e também de 2013.

Na mesma pesquisa, o mercado financeiro elevou a previsão para a taxa média de câmbio de R$ 1,86 para R$ 1,87 no decorrer de 2012, na quinta alta seguida. Para o próximo ano, a estimativa de dólar médio avançou de R$ 1,83 para R$ 1,84, a terceira alta consecutiva. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,80 para os dois anos.

Inflação

Os analistas do mercado financeiro diminuíram pela segunda semana seguida a previsão de alta do IPCA em 2012, de 5,21% para 5,17%. Com a diminuição, o número esperado pelos analistas se aproxima do previsto há um mês, quando o mercado trabalhava com 5,12% de alta.

Para 2013, a mediana das expectativas para o IPCA manteve-se idêntica à vista uma semana antes, em 5,60%. Há um mês, a expectativa de inflação estava em 5,53%.

No regime de metas de inflação, o BC deve trabalhar para entregar um IPCA de 4,50%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Ou seja, inflação entre 2,5% e 6,5% no ano.

A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses foi em sentido contrário à previsão para 2012 e subiu ligeiramente, de 5,51% para 5,52%, ante 5,53% previstos há quatro semanas.

No grupo dos analistas que mais acertam as projeções na pesquisa Focus, o chamado Top 5, a projeção para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo foi diminuída de 5,22% para 5,18%. Para 2013, o grupo segue com expectativa de alta de 5,80%.

Em ambos os casos, a atual previsão é maior que a vista há um mês, quando esses economistas apostavam em IPCA de 4,99% em 2012 e de 5,40% em 2013.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em maio de 2012 caiu ligeiramente, de 0,48% para 0,47%, retornando ao patamar estimado há quatro semanas.

Para junho, a expectativa do mercado para a alta da inflação oficial caiu de 0,28% para 0,25%, ante 0,28% previstos quatro semanas antes.

Selic

O mercado financeiro manteve a previsão para o patamar do juro básico da economia nos próximos meses. A mediana das estimativas para a taxa Selic no fim deste mês seguiu em 8,50% ao ano, o que indica expectativa de corte do juro de 0,50 ponto porcentual.

Confirmada a expectativa, o Brasil passaria a conviver com o menor juro da história a partir da próxima quarta-feira à noite.

Para o fim de 2012, nada mudou na pesquisa Focus e o mercado segue com a expectativa de juro em 8%. Dessa forma, o mercado prevê que, além do corte previsto para esta semana, a taxa será reduzida em 0,50 ponto adicional.

Para 2013, também foi mantida a expectativa de que o juro voltará a subir para fazer frente à subida da inflação e deve fechar o próximo ano em 9,50%.

A pesquisa Focus mostrou, ainda, manutenção da previsão de juro médio no decorrer de 2012 em 8,72%. Para 2013, a mediana das expectativas de Selic média recuou de 9,23% para 9,20%, na nona queda seguida.

Há um mês, o mercado esperava Selic média de 9,28% neste ano e de 9,68% no próximo ano.

Fernando Nakagawa, da Agência Estado

INCC-M avança para 1,3% em maio, acumula variação de 3,63% no ano e de 7,16% em 12 meses.


O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas, subiu 1,3% em maio, de alta de 0,83% em abril. A inflação da construção civil agora acumula variação de 3,63% no ano e de 7,16% em 12 meses.

A inflação da mão de obra puxou o índice em maio ao subir 2,22%, de 1,08% em abril. Já o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços desacelerou ao registrar variação de 0,35%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,58%.

O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

No grupo materiais, equipamentos e serviços, o índice correspondente a materiais e equipamentos subiu 0,35%, de 0,65% no mês anterior.
Os quatro subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação:
materiais para estrutura (0,68% para 0,40%),
materiais para instalação (1% para 0,35%),
materiais para acabamento (0,48% para 0,37%)
e equipamentos para transporte de pessoas (0,40% para 0,04%).

A parcela relativa a serviços passou de uma taxa de 0,32%, em abril, para 0,37%, em maio, com destaque para a aceleração do subgrupo serviços pessoais, cuja variação passou de 0,38% para 0,73%.

Em São Paulo, a mão de obra registrou variação de 3,97%, por conta de reajustes salariais ocorridos em função da bata base.
O Rio de Janeiro registrou impacto crescente, com a variação avançado de 4,26% para 4,75%.
Já em Porto Alegre, o impacto foi decrescente, tendo a taxa passado de 1,13% para 0,52%.

O Globo

E NO brasil DO CONSUMO "ESTIMULADO" E 100/200/300%"PREPARADO" : Refinanciamento de dívida de carro deve ganhar força


A inadimplência em níveis recordes nas carteiras de financiamento de veículos deve impor limitações ao desejo do governo de fazer a roda da economia girar com estímulos para aquisição de automóveis e comerciais leves.

A percepção é de que a oxigenação dos portfólios vai se dar mais pela renegociação de dívidas do que pelo escoamento de crédito novo.


Mesmo com banqueiros vindo a público dizer que o alívio de compulsório casado com incentivo fiscal proporcionam condições mais favoráveis à tomada de crédito, a percepção é de que, na prática, os critérios mais rigorosos na concessão de financiamento novo tendem a prevalecer.

"Os bancos estão calejados e carregam em seus balanços os estragos das facilidades de 2009 e 2010", diz o analista de um banco estrangeiro. "Os prazos podem até aumentar, porém mais pela repactuação de dívidas do que pela disposição das instituições de relaxar os critérios de seleção."

Conforme lembra, antes das medidas de estímulo anunciadas em 21 de maio, o diretor de um grande banco de varejo, bastante ativo no segmento de veículos, dizia não haver ambiente para mudar as práticas mais restritivas na oferta, adotadas desde o início do ano passado. "Ele foi enfático em dizer que a carteira não ia crescer este ano e não creio que tenha mudado de ideia após as medidas."

Em abril, a inadimplência das carteiras de veículos bateu em 5,9%, a mais alta da série histórica do BC. Num momento de depreciação no preços dos usados, esses índices invariavelmente acabam virando perda para as instituições que, mesmo quando retomam o bem, não conseguem reaver o valor integralmente financiado.

O analista do banco estrangeiro acrescenta que, como há no radar a possibilidade de incentivos fiscais para as renegociações de dívidas, essa prática também deve ficar, por ora, em banho-maria.
(...)
A expectativa inicial dos especialistas era de que a inadimplência começasse a dar sinais de acomodação em fevereiro e, em março, caísse. Wermeson França, economista da LCA Consultores, não esperava que a taxa batesse recorde pela terceira vez consecutiva em abril, mas também não se disse surpreso.

Diante da alta persistente do calote, ele acredita que os incentivos para a concessão de crédito tendem a ter efeito limitado. "Os bancos têm dinheiro para emprestar, o problema não é liquidez e sim o volume de calotes", diz.

França lembra ainda que as medidas de governo tendem a depreciar o valor dos veículos usados, o que também limitaria o apetite dos bancos para dar mais crédito.
"Não vejo outra saída a não ser continuar sendo rigorosos."

Adriana Cotias e Aline Lima Valor Econômico

Rombo do setor público ! 954/mil serv.( +R$5bi = total de R$61 bi) 41% + QUE OS 28milhões APOSENT. INSS.

O déficit previdenciário dos servidores federais deve ficar R$ 5 bilhões maior neste ano, atingindo R$ 61 bilhões. Isso quer dizer que os 954 mil servidores aposentados e pensionistas vão representar um rombo 41% maior que os 28,1 milhões de aposentados pela iniciativa privada, assistidos pelo Instituto Nacional de Seguro Social (NSS).

O novo regime de previdência do setor público federal, o Funpresp, que cria os três fundos de pensão dos servidores (um para cada Poder), entra em vigor nas próximas semanas, mas só vai começar a reduzir o déficit previdenciário a partir de 2030.

A lei que autoriza a criação dos fundos de previdência dos três poderes foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff no início do mês. Desde então, cada Poder constituiu um grupo de trabalho para elaborar o estatuto, o regulamento e o convênio de adesão de seu Funpresp - três requisitos exigidos pelo órgão regulador do setor de fundos de pensão, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

A partir do momento em que os estatutos chegarem à Previc, o presidente do órgão, José Maria Rabelo, garantiu ao Valor que em menos de 30 dias dará o sinal verde. Após aprovação do estatuto pela Previc, o fundo é então criado. Isso significa que todo servidor federal nomeado depois dessa etapa está automaticamente incorporado ao novo regime previdenciário.

Os servidores que forem nomeados até lá ingressam no regime antigo, mas podem aderir ao Funpresp.


O Valor apurou que o governo pretende enviar, de uma vez só, os três documentos do Funpresp-Executivo, e não separadamente, como pode ser feito. Isso acelera o processo e pressiona os outros poderes a fazer o mesmo.

O Funpresp-Executivo vai representar mais de 60% do número de servidores (630 mil ativos, hoje), e, dentro de 20 anos, quando houver a recomposição plena dos servidores hoje na ativa (que estão sob o regime antigo), o fundo de pensão do Executivo será o maior do país, em termos de patrimônio - vai superar o líder Previ, dos funcionários do Banco do Brasil (BB).


No auge, a partir de 2030, os três Funpresp devem acumular cerca de R$ 231 bilhões - mais de um terço do patrimônio de todos os fundos de pensão do Brasil somados. "O Funpresp vai constituir um efeito poderoso sobre o mercado financeiro e a economia real, especialmente neste novo cenário de juros baixos.

Isso é muito importante para o governo", afirmou uma fonte do Palácio do Planalto, que salientou o crescente interesse da presidente em "disseminar" o novo modelo de previdência no setor público.


"Se os Estados e municípios realmente seguirem o exemplo, como fez São Paulo, o Brasil terá criado um importante estoque de capital para investimentos", disse um assessor presidencial.

Inicialmente, o governo pretendia abrir a possibilidade de Estados e municípios participarem do Funpresp. Assim, o regime não seria restrito à previdência complementar dos servidores federais, mas aberto a qualquer funcionário público.

A ideia, no entanto, foi barrada pelo Ministério da Fazenda. Isso porque a adesão de Estados e municípios poderia complicar a fiscalização. Além disso, "se eles dessem calote, a União teria que pagar a diferença", ressalta a fonte.

Valor Econômico