"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

março 13, 2012

PTBRAS : Plataforma contratada pela Petrobras aderna na bacia Campos

A plataforma de petróleo da Queiroz Galvão Alaskan Star contratada pela Petrobras adernou 3 graus no campo de Albacora, na bacia de Campos, ficando inclinada após um princípio de incêndio, informou nesta terça-feira à noite o órgão regulador brasileiro e a estatal.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), houve vazamento de fluido de perfuração da plataforma. Uma coluna da embarcação foi afetada.

De acordo com a reguladora e a Petrobras, a plataforma já foi estabilizada mas as causas do incidente serão investigadas.

A Petrobras informou que não houve vítimas entre os 102 profissionais embarcados nem vazamento de óleo para o mar.

"O fogo foi imediatamente debelado. O sistema de segurança da plataforma acionou o fechamento automático do poço", informou a Petrobras em nota.

Localizada a 193 quilômetros da costa de Macaé, a plataforma foi construída no Japão há mais de três décadas.

(Por Sabrina Lorenzi e Jeb Blount)
Estado

ALERTA À NAÇÃO... "CÍRCULO MILITAR" DE M.LEITÃO E O GENERAL E CIDADÃO JOSE GOBBO FERREIRA

Prezada Senhora Miriam Leitão:

Tendo lido seu artigo "Círculo Militar" e, dada a elevada conta em que tenho sua inteligência, me sinto obrigado a entrar em contato com a Senhora para lhe oferecer, com profundo respeito às suas opiniões pessoais e ao seu direito de expressá-las, uma interpretação, também pessoal, do problema da chamada comissão da verdade, uma vez que nele a Senhora acusa os militares brasileiros, entre outras coisas, de se oporem radicalmente a sua criação.

O problema fundamental é que vivemos em uma época em que o partido de plantão no poder não merece qualquer confiança nos quesitos ética,
moral,
justiça,
respeito
e, em consequência, verdade.
Não há como acreditar que esse grupo queira, de fato, buscá-la.

O Cristo é claro quando afirma que “...a árvore ruim não pode dar bons frutos.”

Com efeito, as esquerdas brasileiras, derrotadas no campo de luta pela contrarrevolução de 1964, se esmeraram desde então em uma campanha de propaganda bem ao tipo Gramsci, visando reescrever a história, distorcendo fatos, negando suas verdadeiras intenções e demonizando aqueles que os enfrentaram e venceram naquela oportunidade.

A verdade é que os grupos que foram combatidos não desejavam, de maneira nenhuma, “restabelecer a democracia no Brasil”, como dizem, mas sim fazer exatamente o contrário, estabelecendo no país uma ditadura comunista.

Esse desiderato é hoje confirmado por inúmeros então participantes daquelas manobras, hoje desiludidos e trazidos à luz da razão pelo amadurecimento político e pelo convencimento da absoluta falta de competência daquele regime para trazer o bem estar ao povo, embora excepcionalmente efetivo para promover o enriquecimento pessoal ilimitado dos membros da “intelligentsia” do partido.

Os militares em particular constituem o alvo preferencial de suas manobras escusas, primeiro porque nunca deixarão de agir, por todos os meios de que disponham, até mesmo com o sacrifício da própria vida, para impedir que o Brasil seja arrastado a aventuras inconsequentes, e segundo porque a devoção à honra, à ética, à moral e à Pátria faz com que as FFAA sejam a instituição de maior prestígio junto ao povo brasileiro.

É essencial para aqueles grupos que a imagem de seus integrantes seja denegrida perante a população.

Eles são pintados como seres sádicos, sedentos de sangue, torturadores cruéis, que escolhiam suas vítimas entre pessoas inocentes e ingênuas, sem qualquer vínculo com as monstruosidades que o terrorismo vinha praticando, que eram aprisionadas, torturadas e eventualmente até mortas sem ter a mínima ideia do porque daquelas atitudes contra elas.

É possível que tenha havido violações por parte dos agentes da lei no combate ao terrorismo. Mas suas vítimas nunca foram inocentes e, menos ainda, ingênuas.

Os excessos, se os houve, foram cometidos no ardor do empenho em prever e neutralizar atentados terroristas, estes sim, que matavam e feriam, a torto e a direito, civis absolutamente inocentes e espalhavam a insegurança e o medo entre a população ordeira e pacífica.

É preciso ter vivido naquela época, ou ter a humildade de procurar se esclarecer a respeito, para entender a excepcionalidade do momento que se vivia.

Se houve ilícitos, os houve de ambos os lados, em uma situação de guerra revolucionária.

A Lei da Anistia, ampla, geral e irrestrita, tão enfaticamente exigida pelo povo brasileiro, veio para pacificar a Nação e apagar as nódoas do passado sepultando definitivamente as violações por parte de todos os envolvidos.

Se for verdade que as forças do Estado agiram mal contra terroristas, isso só ocorreu tentando evitar que aqueles indivíduos continuassem semeando a morte e a destruição no seio do povo. Se uns forem passíveis de execração pública, outros o serão ainda mais, pela aleatoriedade de seus alvos.

A Senhora parece espantar-se com o fato de o Gen. Rocha Paiva lançar dúvida sobre a ocorrência ou não de tais crimes e de tortura nas instalações militares da época.

Essa dúvida existe sim, pois a orientação da esquerda, muito bem explicitada pelo ator comunista Mario Lago, era para que qualquer um que tivesse sido detido, qualquer que fosse o motivo ou a duração de sua detenção, declarasse peremptoriamente ter sido barbaramente torturado.

Logo, cabe perfeitamente dúvida sobre se a Exma. Senhora presidente da República tenha realmente sofrido qualquer mau trato que seja.

Por isso tudo, uma comissão de tal ordem é impossível dentro do ambiente de mentiras e malfeitos em que está mergulhado nosso país, ambiente esse previamente criado por aqueles que agora se transvestem em paladinos da verdade.

Os militares não seriam contra comissão nenhuma se houvesse a garantia absoluta de que, sob o manto da Lei da Anistia,
a verdade,
toda a verdade
e somente a verdade fosse seu objetivo.
Se se buscasse mostrar o que aconteceu, porque aconteceu, quem fez o que e porque o fez.

Aí sim, se teria uma Comissão da Verdade com letras maiúsculas. Mas o que se deseja é dar aos terroristas de ontem a auréola de libertadores democratas e aos militares de sempre a pecha de criminosos cruéis.

Militares de ontem, de hoje e de sempre jamais se envergonharão de seu papel naqueles tempos de exceção. Patrícios nossos, mas agindo em nome de Cuba,
da China
e da Rússia,
pegaram em armas para implantar o comunismo em nossa Pátria.

Foram derrotados.
Vieram, mas não passaram.
E assim será sempre, porque assim os soldados da Pátria juraram que tem que ser.

Os militares brasileiros não se pejam de serem submetidos ao poder civil, pois que isso é uma característica republicana e eles são guardiões da República.

O poder político não faz parte de seus objetivos, nem remotamente.


As FFAA são instituições de Estado, fieis servidoras da Pátria, respeitando a autoridade de todo e qualquer governo democraticamente eleito e respeitador da Constituição ele também.

Excepcionalmente, esses votos foram rompidos em 1964, em uma operação extrema de garantia da lei e da ordem, por exigência direta do povo nas ruas.


Agradecendo profundamente por seu tempo e desejando que minhas palavras tenham despertado na Senhora o desejo de aprofundar seu conhecimento sobre aquela época, aproveito esta rara oportunidade para apresentar-lhe meus protestos de respeitosa consideração.
Cordialmente,

José Gobbo Ferreira

Transcrito do LIBERTATUM

BRASIL REAL SEM "MARQUETINGUE" : brasil maravilha(da gerentona) CRESCE ABAIXO DO SEU POTENCIAL, APONTA OCDE.


Segundo organização, País avança menos do que a tendência mundial entidade também constata desaceleração da China.

A conclusão é da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ontem divulgou novas previsões e indicou que, ao lado do Brasil, a China é a única grande economia com um cenário futuro de desaceleração na economia.

De acordo com a conclusão da entidade, a zona do euro já dá os primeiros sinais de que a crise pode ter tocado seu ponto mais baixo e começa a se recuperar, ainda que de forma tímida.

A entidade com sede em Paris compila mais de 40 dados econômicos dos maiores mercados, com o objetivo de tentar traçar as tendências dessas economias nos próximos seis meses.

O indicador, segundo a OCDE, serve como uma forma de antecipar a direção que economias estão tomando.


Segundo os indicadores, a desaceleração da economia brasileira deve ser mantida nos próximos meses. No ano passado, a taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 2,7%.

O resultado de 2011 foi classificado como uma decepção e um sinal de que os emergentes podem não ter o crescimento que se esperava.


Indicador.
O Brasil soma 93,2 pontos pelo indicador elaborado pela OCDE - que contabiliza expansão do Produto Interno Bruto (PIB), projeções, produção industrial e outros fatores.

Todos os valores abaixo de 100 indicam uma tendência de desaceleração na economia. Desde setembro, o Brasil está abaixo do ponto de aceleração do ritmo de crescimento.

Em janeiro de 2012, o índice brasileiro era 9,8 pontos abaixo do de janeiro do ano passado, a maior redução entre as grandes economias do mundo.


No geral, a conclusão dos indicadores é de que há um momento de "mudança positiva" na economia mundial, com países industrializados dando os primeiros e tímidos sinais de algum avanço.

Os avanços são liderados pelos Estados Unidos, com taxas que apontariam uma retomada da maior economia do mundo. O Japão, um ano depois do tsunami que minou os esforços de recuperação, também começa a dar sinais de crescimento.

JAMIL CHADE O Estado de S. Paulo

E NO "CONGLOMERADO" DA PATIFARIA(CÂMARA/SENADO)... Contratação de neto de Sarney provoca polêmica

O corregedor-geral da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), defendeu ontem o esclarecimento à sociedade da denúncia de suposto tráfico de influência política envolvendo Gabriel Cordeiro Sarney, filho do deputado Sarney Filho (PV-MA) e neto do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).

Eduardo da Fonte acrescentou, no entanto, que aguarda que a corregedoria seja acionada para que possa abrir sindicância.

Segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo", uma empresa ligada a Gabriel Sarney recebeu verbas da Câmara nos últimos meses, prestando serviços a deputados, inclusive ao pai dele, Sarney Filho.

De acordo com a denúncia, a empresa teria driblado normas da Câmara criadas para evitar que parentes de congressistas se beneficiem e recebam verbas da cota parlamentar.

A "Folha" publicou que Gabriel Sarney é sócio da empresa Ideasprev, que comandaria os negócios de outra empresa, a Metagov, que foi contratada por seu pai e outros deputados com verbas da cota parlamentar.

De acordo com a reportagem, as duas empresas têm os mesmos sócios e funcionam no mesmo endereço, em São Paulo.

A reportagem diz que desde o ano passado a Metagov recebeu pelo menos R$ 260 mil de gabinetes de deputados.
Além de Sarney Filho, prestou serviços a deputados como Romário (PSB-RJ),
Roberto Freire (PPS-SP),
Renan Filho (PMDB-AL),
Júlio Delgado (PSB-MG)
e Wilson Filho (PMDB-PB).

Assessores técnicos da Câmara informam que, pela regra de ressarcimento da verba da cota parlamentar, como Gabriel não é sócio da empresa, a contratação não deverá acarretar problemas a Sarney Filho ou aos outros deputados.

Sarney Filho, segundo a assessoria da Câmara, entregou à Diretoria Geral da Casa documentação comprovando que o filho, Gabriel, não é sócio da Metagov. Informou ainda que, em novembro de 2011, Gabriel foi contratado pela Metagov e que o contrato de seu gabinete com a empresa foi rompido antes disso.

A assessoria de imprensa da Câmara afirmou que o uso da cota parlamentar obedece às regras do Ato da Mesa 43, de 2009, que diz que não será admitido o uso da verba para ressarcir despesas por serviços prestados por empresa ou entidade do próprio deputado ou de parente seu até o terceiro grau.

Nesse caso, os outros deputados que contrataram a empresa não teriam problema.

Deputados que têm contrato com a Metagov afirmaram ter sido pegos de surpresa com a ligação de Gabriel Sarney com a empresa. O deputado Júlio Delgado disse que irá rescindir o contrato mensal com a empresa, que fez sua página na internet e recebe mensalmente R$ 3,5 mil para o trabalho com redes sociais.

Delgado, no entanto, afirma que em nenhum momento foi procurado por Sarney Filho ou por Gabriel para que o contrato fosse firmado.

- Não foi por influência política do Sarney Filho. Ele nunca falou disso comigo. Quem me procurou foi um dos sócios da empresa chamado Tito. Ele comentou que tinha fechado contrato com outros deputados, como Renan Filho e Sarney, um atendimento pluripartidário. Pago todo mês e vou encerrar o contrato - disse Júlio Delgado.

A Metagov divulgou nota em seu site negando que a empresa tenha driblado norma da Casa para que seus serviços fossem contratados pelos deputados. A empresa cita o ato 43, de 2009, para dizer que a contratação de Gabriel Sarney só ocorreu depois que o contrato com Sarney Filho foi encerrado.

Na nota, a empresa diz que a acusação de influência política para obter os contratos e a suposta violação de normas da Câmara constituem "ilações improcedentes".

O Globo

BUFÃO : O ENCRENCADO

Guido Mantega comanda o principal ministério do governo Dilma Rousseff.
E um dos mais encrencados da Esplanada.

Por meio de instituições a ela subordinadas, a Fazenda tem produzido escândalos em série. Ao mesmo tempo, não consegue entregar o principal produto que deveria fornecer: crescimento econômico.


Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Casa da Moeda fazem parte do organograma do Ministério da Fazenda. Como ministro, Mantega tem total poder e ascendência sobre as instituições.

Deve, portanto, explicar como elas se viram enroladas em tantas denúncias nos últimos meses. A audiência de hoje no Senado é boa oportunidade para isso.


No BB, grupos petistas se engalfinham para ver quem canibaliza mais a instituição. Digladiam-se facções alinhadas ao comando da Previ e grupelhos amotinados em torno da direção do banco - de resto, também loteada entre aliados do governo de diversos matizes partidários.

Mantega demorou a agir. Só se manifestou a respeito das pendengas envolvendo o maior banco e o maior fundo de pensão do continente quando a guerra tomou ares de escândalo, produzindo denúncias de pagamentos ilícitos a diretores do BB e violação de sigilos bancários.

Mas o conflito remanesce latente.


Já a Caixa é um manancial de maus negócios, a começar pela enrolada compra do Banco Panamericano. Em dezembro de 2009, o banco oficial pagou R$ 740 milhões por 49% do capital votante da instituição de Silvio Santos.

No ano seguinte, o Panamericano afundou, com um
rombo de R$ 4,3 bilhões.
A Caixa ficou com o mico; Mantega nada viu, nada fez.


Ainda no âmbito da Caixa, o ministro deveria explicar também o que está sendo feito com o dinheiro do trabalhador depositado no FGTS.

Soube-se recentemente que parte dos depósitos - mais precisamente R$ 2,96 bilhões - está sendo tungada pelo governo para fazer superávit, dentro do ajuste fiscal anunciado em fevereiro.


Além da tunga, o dinheiro do FGTS está sendo pessimamente aplicado, como mostrou O Estado de S.Paulo no domingo.

O FI-FGTS, fundo de investimentos em projetos de infraestrutura bancado pelo dinheiro do trabalhador, já teve perda de R$ 369 milhões com ações de empresas incentivadas - muitas delas com dificuldades conhecidas de longa data, como a Celpa e o grupo Bertin.


Na Casa da Moeda, o ministro deixou o circo pegar fogo.
Nomeou para a presidência do órgão uma pessoa indicada por um dos partidos da base aliada, sem maiores predicados e conhecimentos do ramo.

Luiz Felipe Denucci acabou sendo demitido em janeiro, à sorrelfa, quando a imprensa começou a investigar a suspeita de que ele recebera propina de fornecedores.


Mantega nunca explicou bem o por que da exoneração.

Conseguiu, no máximo, deixar a impressão de que, como ministro, foi capaz de escalar para um cargo da importância da Casa da Moeda, cujo faturamento atingiu R$ 2,7 bilhões no ano passado, alguém que ele mal conhecia, por mera conveniência político-partidária.


Se Guido Mantega não consegue cuidar bem de sua lojinha, pior ainda tem feito em relação à economia nacional. O ministro especializou-se em fazer previsões que nunca se cumprem.

Estreou o governo Dilma, quando já completava cinco anos no cargo, profetizando aumento de 5% para o PIB.

Mas só entregou 2,7% em 2011.
Para este ano, o ministro diz que é possível crescer 4,5%.
Fala sozinho:
até subordinados seus admitem, sob anonimato, que 3% tende a ser o teto atual da economia brasileira.


A "política econômica" do ministro tem sido errática, com ações disparadas ao sabor da conjuntura. Como agora, quando novas medidas financeiras estão sendo tomadas para deter a valorização do real frente ao dólar.

A mesma estratégia foi adotada no passado, para depois ser revista, sem que o movimento de mergulho contínuo da moeda americana fosse interrompido - com breves momentos de respiro.


Neste momento, Guido Mantega e sua equipe econômica miram um número amplo demais de objetivos:
câmbio,
juros,
crescimento
e controle de inflação.
Mas, claramente, não têm instrumentos para tanto.


Faltam-lhes também ações estruturais e uma visão de longo prazo para solucionar os problemas. Sem falar, obviamente, que falta um condutor à altura da tarefa de colocar o país numa trajetória sustentável de crescimento.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Mantega : muito a explicar

brasil maravilha/BRASIL REAL : Inadimplência tem terceira queda mensal seguida/atrasos continuam em nível mais elevado do que há um ano


Pelo terceiro mês consecutivo, em fevereiro deste ano, diminuiu o número de pessoas que atrasaram o pagamento de suas contas. Mas os atrasos continuam em nível mais elevado do que há um ano, segundo o levantamento feito pela Serasa Experian.

Em fevereiro, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor foi 0,9% menor do que em janeiro, mas teve alta de 18,3% na comparação com igual mês de 2011 e um aumento de 17,4% no primeiro bimestre ante o mesmo período do ano passado.

Os economistas lembram que fevereiro teve menor número de dias úteis. As dívidas bancárias tiveram redução de 1,5% na comparação com janeiro e representaram a maior fatia na contribuição para a queda da inadimplência, embora as taxas das demais modalidades de compromissos financeiros tenham superado esse percentual.

No caso dos cheques sem fundo, a taxa ficou 4,7% abaixo da verificada em janeiro e os títulos protestados apresentaram queda de 18%. Já as dívidas não bancárias (cartões de crédito e com financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) aumentaram 1,6%.

Na comparação anual, os valores médios das dívidas cresceram em todos os tipos de compromissos e a maior expansão (44,2%) ocorreu nas dívidas bancárias, cujo montante, porém, é o menor entre as quatros modalidades pesquisadas, com R$ 474,57 ante R$ 329,08, em fevereiro de 2011.

No caso dos cheques sem fundo, o valor médio passou de R$ 1.265 para R$ 1.414,18, alta de 11,9%; no dos títulos protestados, de R$ 1.219,54 para R$ 1.301,97, elevação de 5,8%; e no das dívidas com os bancos, de R$ 1.289,14 para R$ 1.294,91, aumento de 0,4%.

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

A PATIFARIA É COVARDE E NÃO RESISTE A UMA OPINIÃO PÚBLICA FORTE. PORTANTO... LEVANTA-TE ! Assembleias varrem os salários extras.


Camuflados
Em uma sociedade a união e mobilização de grupos alcançam
grandes realizações e prêmios :

Pressionadas pela opinião pública e obrigadas pela Justiça, assembleias legislativas espalhadas pelo país estão, aos poucos, varrendo de seus regimentos internos o pagamento aos políticos de 14º e 15º salários — em alguns casos, sem desconto de Imposto de Renda.

Até agora, além da Câmara Legislativa, os deputados deixaram de receber rendimentos adicionais no Paraná, São Paulo e Goiás.
Nos dois últimos, o benefício deixou de ser pago por força de liminar depois que o Ministério Público entrou na Justiça com uma ação direta de inconstitucionalidade.

Os estados do Piauí e de Pernambuco seguem o mesmo caminho, no entanto, ainda aguardam decisão judicial para abolir a farra com dinheiro do contribuinte. A regalia também existe em Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Bahia e Amazonas.


Em cada lugar, os dois salários a mais recebem um nome específico. No entendimento de auditores fiscais ouvidos pelo Correio, o objetivo é camuflar o caráter remuneratório da benesse.

Auxílio-paletó, ajuda de custo e subsídio complementar são as expressões mais utilizadas nos regimentos internos das Casas.
Mas, em todas as decisões judiciais, o entendimento da Justiça é um só:
as verbas recebidas têm caráter remuneratório.

Nas decisões tomadas até o momento, os magistrados alegam que a vantagem se caracteriza como verdadeiro salário, cujo pagamento afronta a moralidade administrativa.

Suspenção por liminar
O primeiro estado do Brasil a acabar com o pagamento sem a necessidade de ações judiciais foi o Paraná. Em dezembro do ano passado, após 16 anos recebendo 15 remunerações anuais, os deputados paranaenses decidiram, por contra própria, não mais receber os extras.

Na Assembleia Legislativa de Goiás, por força de uma liminar, os dois pagamentos a mais foram suspensos no mês de fevereiro deste ano.


As assembleias legislativas alegam que apenas seguem o modelo do Congresso Nacional. Diferente do Senado, a Câmara dos Deputados desconta normalmente 27,5% referente ao IR quando paga o 14º e 15º salários aos parlamentares.

A regalia concedida aos senadores faz com que a Receita Federal deixe de arrecadar R$ 8,4 milhões, considerando os oito anos de mandato de cada político. Em um ano, cada senador deixa de pagar ao Fisco R$ 12,9 mil. No fim do mandato, ele embolsa R$ 103,5 mil.

O Fisco, que já instaurou procedimento para investigar o caso no Senado, comunicou que já foi restituído em R$ 135,8 milhões por deputados de oito assembleias legislativas e conselheiros de tribunais de contas de vários estados.

As remunerações adicionais foram implementadas pela Constituição de 1946 e mantidas pela Constituição de 1967, que vigorou durante o regime militar.


A Constituição de 1988 não menciona ajuda de custo para parlamentares, mas abre brecha para que eles fixem subsídios.

Em 1995, um decreto promulgado pelo senador Humberto Lucena, presidente da Casa, fixou o pagamento da ajuda de custo, equivalente à remuneração, no início e no fim de cada sessão legislativa.

Hoje, os extras são regularizados por ato assinado em 2003 pelas mesas diretoras das duas casas. Após um ano engavetado, projeto para acabar com a regalia vai ser votado na próxima semana na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.


JOÃO VALADARES Correio Braziliense

SUJO E MISERÁVEL IV ! SENADO, O CÉU ONDE NÃO É PRECISO MORRER PARA ENTRAR. PARA CONTRIBUINTE E SOCIEDADE, UM INFERNO.( DARCY RIBEIRO)

Outrora instituição que mantinha distância dos casos rumorosos ocorridos na Câmara, o Senado acabou contaminado pelo processo de degradação da qualidade da representação política em curso nos últimos anos.

Atingidos por escândalos e ameaçados de condenação por falta de decoro, senadores tiveram de renunciar, quebrando aquela imagem de clube de elite construída durante décadas pela Casa.

Mais recentemente, em 2009, descobriram-se centenas de atos secretos pelos quais senadores e até funcionários poderosos praticaram o nepotismo sem pudores.


Reportagens do GLOBO revelam, agora, outro desvio ético de Suas Excelências: em mais uma demonstração de descaso com o destino do dinheiro do contribuinte, pelo menos um terço dos senadores - 25 dos 85 - não teve outro cuidado ao preencher vagas em seus gabinetes a não ser o de praticar o mais deslavado empreguismo.

Seja em Brasília ou em escritórios regionais, estes senadores empregaram gente que não comparece ao local de trabalho. Há estudante no exterior, médicos e advogados que dão expediente em seus escritórios e em clínicas.

Estão, é claro, liberados pelo respectivo empregador de bater ponto, como qualquer trabalhador do setor privado. O Senado virou uma generosa residência de servidores fantasmas.


A prática é pluripartidária.
Foi adotada tanto por senador do DEM (José Agripino, Rio Grande do Norte), como do PV (Paulo Davim, do mesmo estado) ou PMDB (Renan Calheiros, Alagoas). Quando se trata de privatizar, no mau sentido, o dinheiro público, muitos se nivelam por baixo.


Aumenta a sangria do Tesouro a manobra de senadores de dividir a verba de gabinete em grande número de auxiliares - como não há concurso, podem ser aparentados, cabos eleitorais etc.

A lotação normal de um gabinete seria de 12 comissionados, mas, para atender a interesses difusos - familiares, paroquiais ou o que seja -, chegam a multiplicar este número por mais de cinco vezes. Ivo Cassol (PR-RO) abriga 67 auxiliares; Clóvis Fecury (DEM-MA), 56; Fernando Collor (PTB-AL), 54, e por aí segue.

A divisão da verba entre muitos cria uma despesa adicional, a do vale-refeição. Como o benefício é pago pessoa a pessoa, o que custava R$ 7,4 milhões por ano subiu para R$ 19,1 milhões, um salto de 158%.

Mas, como é a "Viúva" que paga, ninguém em Brasília se preocupa, só no "Brasil real", onde há fábricas, escritórios etc. cuja renda sustenta a obesa máquina pública distribuída pelos Três Poderes.

Também não há cuidado com a vida pregressa do comissionado. Se a Ficha Limpa valesse para eles - medida a ser estudada -, alguns não teriam conseguido a "boquinha".

Espera-se, a propósito, que a declaração da constitucionalidade da Ficha Limpa, pelo Supremo, seja um marco da reversão desta degradação, incentivada pelo modelo de relacionamento em bases fisiológicas estabelecido no lulopetismo pelo Planalto com o Congresso

Também não seria pedir demais que acabem com o "senador sem voto", o suplente escolhido pelo titular sem consulta ao eleitor. Há, hoje, 14 destes senadores, 17% do total, tão legítimos quanto os biônicos da ditadura.

Darcy Ribeiro dizia :

Que o Senado era como o céu, com a vantagem de não ser preciso morrer para entrar nele. Pois para o contribuinte e a sociedade em geral tem sido um inferno.

O Globo