"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

agosto 16, 2010

TODOS POR UMA E TODOS CONTRA UM .

Sem meias-palavras e nenhum prurido, o presidente Lula baixou ordem unida para que todo o seu ministério se engaje na campanha de Dilma Rousseff.

Nada de disfarces ou medo da lei; cada subordinado deve fazer o possível para ajudar a companheira.

Vale tudo: dados falsos, manipulações grosseiras e uma tremenda cara-de-pau. É o Estado usado sem pejo em favor de um partido político.

A quebra do sigilo bancário do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, em maio foi apenas o aperitivo.

Refeições mais suculentas foram servidas nos últimos dias por ministros de Lula, a começar pelo da Fazenda, Guido Mantega.

Numa pouco usual entrevista coletiva, em horário de trabalho e dentro de um prédio público, ele se pôs a apresentar um extemporâneo "documento" com comparações fajutas entre Lula e Fernando Henrique.

Entre outras inverdades, o texto muda para pior a taxa de crescimento econômico na gestão tucana e distorce, a favor do governo, as taxas de superávit primário, como mostrou a Folha de S. Paulo.

A falsificação foi tão grosseira que nem os gráficos do papelucho oficial correspondiam ao texto.

O tacão petista exige que crítica feita por José Serra não fique sem resposta. A contestá-lo, chovem notas oficiais divulgadas pelos ministérios.

São textos capciosos, que não servem a coisa alguma senão fazer campanha política para a candidata do governo - tanto que, minutos depois, já estão a adornar os sites de propaganda de Dilma.

O mérito das críticas do tucano - todas com base na triste realidade - mantém-se sem respostas: as péssimas condições da maioria das estradas brasileiras, as centenas de milhares de pacientes que aguardam por cirurgias, a redução do apoio federal às Apae.

Por outro lado, caso Dilma fale alguma bobagem, a regra é fingir-se de morto. Quando a petista afirmou que o aumento real do salário mínimo foi de 74% na era Lula e o índice correto é 53,6%, o que o correu?

Silêncio ensurdecedor, conforme mostrou O Estado de S. Paulo.

O governo que acabou com os mutirões de saúde implantados por Serra - que, entre outras coisas, salvou milhares de brasileiros da cegueira - agora instaura o mutirão ministério-eleitoral para tentar destruir o candidato.

"Imagine se FHC pusesse Pedro Malan, Pedro Parente e duas dezenas de ministros para fazer a campanha de Serra contra Lula em 2002?

Seria um escândalo.

É a ética da luta sindical:

contra eles, não pode, é escândalo; contra os outros, sempre pode tudo", resumiu, com propriedade, Eliane Cantanhêde na edição da Folha de sexta-feira.

Não bastasse escalar todo o ministério para fazer campanha política, o governo petista acelera a farra da farta distribuição de bens públicos para beneficiários privados.

É o que mostra hoje a Folha em sua manchete: a gestão Lula triplicou a concessão de rádios neste ano eleitoral.

Foram 183 decretos em 2010, ante 68 no ano passado, a maior parte beneficiando políticos e igrejas.

Na estratégia de poder petista, tudo vai sendo transformado em moeda de troca: das bilionárias obras de energia tocadas com gordos incentivos fiscais ao balcão de benesses aberto pelo BNDES para os apaniguados do rei, passando pelo inchaço da máquina com a companheirada.

Mostra O Globo hoje que, nos anos Lula, o total de servidores contratados sem concurso cresceu 40% e os gastos com os salários deles mais que dobrou, para R$ 1,3 bilhão.

Já houve no passado quem se saísse bem em eleições mostrando o rol de obras entregues, realizações, em alguns casos, envoltas em franca suspeição.

O PT está inaugurando uma fase nova: apresenta ao distinto público apenas um monte de obras imaginárias, como o trem-bala e a lista de boas intenções do PAC.

E tenta, a todo custo, impedir que aflorem fragilidades como o fracasso do Minha Casa Minha Vida junto a famílias com renda de até três salários mínimos, em que se concentra 90% déficit habitacional brasileiro.

Interessa ao debate político que tudo isso venha à tona e seja francamente discutido. Governo existe para governar; campanha quem faz é o candidato e seus militantes. E a decisão cabe ao eleitor, sem subterfúgios, sem que seja ludibriado.

Qualquer coisa diferente disso rima com imposição e empulhação, e cheira a ditadura.

A todos eles, com ou sem rima, a resposta é um rotundo não.

Fonte: ITV/Pauta em ponto

ELEIÇÕES E O PRÓPRIO UMBIGO! VAMOS FAZER POLÍTICO TRABALHAR! VAMOS ELEGER E NÃO REELEGER.




Apesar de caros, os deputados federais baixaram — ainda mais — o ritmo de produção este ano.
De olho nas eleições e no próprio umbigo, os parlamentares apresentaram menos projetos
(1)e enviaram para a sanção menos propostas do que no mesmo período dos últimos cinco anos.

Levantamento feito pelo Correio com base nos registros da Mesa Diretora da Casa mostram que, em 2010, apenas oito projetos de lei foram aprovados em plenário e encaminhados à sanção presidencial.

Apenas dois deles foram de autoria de deputados.
Outros quatro partiram do Poder Executivo e dois foram de autoria do Senado.


Os parlamentares produziram menos até do que em 2006, quando também estavam em campanha e conseguiram enviar para a sanção 10 projetos de lei até o mês de agosto.
No ano passado, ainda longe das eleições, os deputados encaminharam à Presidência, depois de aprovadas, 29 matérias.


No mesmo período de 2008, também foram concluídas as tramitações de 29 dessas proposições.
Em 2007, foram 16.


Mesmo legislando quase quatro vezes menos do que no ano passado, a estrutura que ampara os trabalhos dos parlamentares continua custando caro.

Segundo dados da Coordenação Orçamentária, nesses meses de pouca atividade legislativa já foi despendido cerca de R$ 1,7 bilhão: 46% da dotação prevista para todo o ano de 2010.


Tão curioso como a pouca disposição dos deputados em legislar é o teor das discussões e das matérias apresentadas.

Nos últimos meses, a agenda de sessão plenária foi praticamente destinada a discutir temas eleitoreiros — como o aumento das aposentadorias — e propostas pautadas pelo governo.


Enquanto isso, a preocupação com a eleição de outubro também reduziu o número de propostas de autoria dos próprios deputados apresentadas este ano.

Em relação aos oito primeiros meses de 2009, já são 170 projetos a menos.

(...)
1 - Levantamento
O levantamento do Correio considerou apenas projetos de lei e projetos de lei complementar, por serem as proposições que dependem exclusivamente da iniciativa do parlamentar.
A análise levou em conta as propostas da Câmara dos Deputados por ser a Casa destinada pela Constituição a fazer a representação popular e a trabalhar pelos interesses do povo.


O número

6.039

Número de candidaturas para deputado federal registradas no TSE

Produção lenta


Veja quantos projetos de lei aprovados na Câmara foram enviados à sanção presidencial entre os meses de janeiro e agosto nos últimos cinco anos:

2010
- 08

2009
- 29

2008 - 29
2007 - 16
2006 - 10

Mais :

Projetos aprovados na Câmara ...

"REFIS DA CRISE" DÍVIDAS BILIONÁRIAS SENDO RECOLHIDAS A R$100,00/MÊS.

Luiza de Carvalho/Valor Econômico

O Ministério Público Federal do Distrito Federal e Territórios abriu um inquérito civil público para apurar supostas ilegalidades na regulamentação e operacionalização do "Refis da Crise", o parcelamento federal instituído pela Lei nº 11.941, de 2009.

O inquérito foi gerado por uma representação do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) contra a Receita Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) - a qual estão subordinados - e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Os procuradores reclamam de prejuízos aos cofres públicos com a demora na entrega dos sistemas de informática que farão a consolidação dos débitos incluídos no parcelamento.

Cerca de um milhão de execuções fiscais foi suspensa com a adesão das empresas ao Refis da Crise.

O Sinprofaz alega que o Serpro vem adiando sucessivamente a entrega dos programas e, com isso, sem poder fazer a consolidação dos débitos, contribuintes com dívidas bilionárias continuam recolhendo apenas R$ 100 por mês aos cofres da União.

O Ministério Público já oficiou os órgãos responsáveis.

AUMENTO DE DÉFICIT COMERCIAL DA INDÚSTRIA CRESCE NA MAIORIA DOS SETORES.


Marta Watanabe/Valor Econômico

A indústria de transformação fechou os primeiros sete meses deste ano com déficit de US$ 19,03 bilhões, com significativa ampliação em relação ao saldo negativo de US$ 7,7 bilhões verificado no mesmo período de 2009.


Mais de um terço da ampliação desse déficit - 37% - foi provocado pela indústria de materiais elétricos e de comunicação, mas a deterioração avançou em outros segmentos menos afetados no ano passado.

O setor de material de transporte ampliou o déficit de US$ 233 milhões para US$ 1,92 bilhão, enquanto o segmento de produtos de matérias plásticas viu seu saldo negativo de US$ 980 milhões saltar para US$ 1,8 bilhão.

No setor têxtil, o déficit de US$ 526 milhões de janeiro a julho do ano passado foi ampliado para US$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2010.

Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Para alguns setores, o avanço acendeu a luz amarela para o que pode ser o início da substituição de fornecimento nacional por importados.

José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), acredita que a substituição começa a acontecer em alguns produtos.

De janeiro a junho deste ano, a exportação dos produtos transformados plásticos subiu 24,5% em valores, na comparação com o primeiro semestre de 2009.

No mesmo período, as importações cresceram mais - 39,8%.

Coelho lembra que os embarques de transformados de plásticos foram puxados principalmente por produtos que servem como insumos para outras indústrias, como garrafões e garrafas, laminados autoadesivos, autopeças e embalagens para embutidos.

"São itens em que a indústria nacional tem capacidade não só para abastecimento do mercado interno como também para exportação", diz.

Foto Destaque

MAIS UM LEVANTAMENTO ELUCIDATIVO DO LÚCIO NETO. TÁ TUDO DOMINADO! MENOS O MEU VOTO, E O SEU?

Blog do Lúcio Neto

É preciso voltar um pouco ao passado para entender o presente. O passado nos mostrava o candidato Zé Serra com uma aceitação em torno de 45% antes mesmo de se lançar candidato. Já a candidata Dilma oscilava na faixa dos vinte a trinta e poucos por cento.
A partir do momento em que foi anunciada a sua candidatura ele caiu em queda livre em todas as pesquisas até chegar às vésperas da estréia do horário eleitoral com este último resultado da pesquisa DataFolha 33% x 41%.
Vamos analisar esse fato atípico. Aqui cabem várias perguntas:

- Será que o eleitor brasileiro queria Zé Serra apenas como promessa de ser candidato?
- Por que deixar de votar nele a partir do momento em que foi anunciada oficialmente a sua candidatura?
- Será que de uma hora para outra o eleitor entendeu que ele não tinha as melhores credenciais para ser presidente do Brasil?
- Que escândalos prejudicaram a imagem do Zé Serra no período?
- Será que o eleitor não aprovou a sua performance no debate da Band?
- Que fatos negativos marcaram a imagem do Zé Serra nesse período?
- Será que ele foi muito mal na entrevista do Jornal Nacional?



Original/Íntegra : Acesse o levantamento completo, todas as regiões :

EXTRA! EXTRA! DATAFOLHA também faz parte da conspiração para eleger Dilma