"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 04, 2009

LULA COMEÇA A SE DESCAMUFLAR


QUANTO MAIS ALTO O TOPO, MAIOR É A QUEDA



O ELEITORADO

Inconsciente Coletivo

por Jair Portela



O eleitorado brasileiro não se interessa por PIB. 

Desconfia que seja um novo programa do governo para contrapor os descaminhos do Fome Zero. 
Algo do tipo Programa da Inapetência Brasileira.
Ou algum partido nanico que sequer consta nas pesquisas, tipo Partido pró Índio Boliviano.

O eleitorado brasileiro sabe que o tal PIB não está à venda no boteco da esquina, não se bebe nem se come, logo pouco se lhe dá o raquitismo de seus índices. 

Também o eleitorado verde amarelo não leva em conta os ataques do PCC do B que “embeiruteam” (perdão, mas é um mix de biruta com Beirute!) as grandes metrópoles, iluminando os céus de balas cruzadas, perdidas e achadas. 

Quer me parecer que o nosso eleitor não está nem aí para os efeitos de tudo isso. 
Do baixo crescimento econômico, da explosão da violência urbana e de como a coisa pública é tratada pelos ocupantes das salas e celas que comandam nossos destinos.
(Ô psite, caiu um cartucho de AR15 aqui: 
alguns que estão nas salas não deveriam estar nas celas?). 
Enfim, são baixas as luzes que iluminam esta coletividade votante.
Democracia, dizem, é um sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade vem do povo e é exercida por ele, delegando comando através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição eqüitativa do poder.
Pois é e pois bem. 

Vou me atrever a uma barbaridade dizendo algo que não é chique, muito menos politicamente correto e por isso desde já estendo os meus pulsos para ser algemado e preso (lembro aos meus amigos que não fumo, não gosto de bolachas e quanto as quatro visitas íntimas diárias, caso a minha mulher esteja muito ocupada, procurem na minha agenda o número da Angelina Jolie).

A nossa democracia é uma piada de muitíssimo mau gosto.
Já não me iludo com o sistema que tenta me convencer, por exemplo, serem os meus interesses e necessidades iguais aos irmãozinhos do árido nordestino.
Não me convenço ser legítimo o direito que afronta outro direito quando dezenas de desocupados usurpam e dizimam patrimônios invadindo terras.

Estes têm nome, sobrenome, carregam bandeiras e armas, e não são presos, ao contrário recebem mais do que promessas.
Alguém me convenceu que democracia, dos males é o menor.

Leio, releio, ouço e vejo diariamente todos os efeitos da nossa realidade democrática e concluo:
ou somos muito burros ou o regime não presta.
Ou ainda reduzindo, não será o Brasil demasiadamente grande e com realidades regionais muito distintas para que se equilibrem todas as valências? 
Quero dizer que não me parece “democrático” a turma de baixo da linha do Equador, que produz mais e contribui mais ter a mesma importância política da turma de cima. 
É duro entender que o eleitorado brasileiro, principalmente aquele que está na caatinga (dá uma vontade de fazer uma graça!), que pouco lê, pouco vê, pouco ouve e pouco sabe (o presidente já fez jus a sua origem) tem voto válido tanto quanto de qualquer intelectual de notável saber.
Mesmo que esta tal intelectualidade, por vezes, dê demonstrações dignas de alienígenas.


Parece preconceituoso, xenófobo, mas o que está escrito se ampara na democracia que aceita verborragias piores. 

Algo de bom haveria de ter. 
E os democratas que por certo não concordam haverão de defender até a morte o meu direito de manifestação. (obrigado Voltaire).

Sobre inconsciente coletivo, Carl Gustav Jung era suiço, mas duvido que não andasse pensando em nós e na nossa capacidade de escolha quando titulou esta sua tese, que trata da camada mais profunda da psique humana composta de atavismos. 

É a nossa cara.
Extraído do Movimento Verde e Amarelo do RGS

O ONTEM E O HOJE

educação charge

IMAGENS QUE DIZEM TUDO

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

AFINIDADES: 
Lula e Dilma sempre trataram Arruda como um correligionário:
“Há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”

(William Shakespeare) 
- 
 Quando tiver toda a investigação terminada, a Polícia Federal vai ter que apresentar o resultado final do processo. 
Aí quem vai fazer juízo de valor é a Justiça. 
O presidente da República não pode ficar dando palpite.
 Como ele não resiste a dar palpites, e como nesses casos seus palpites sempre favorecem supostos bandidos em apuros, tascou Lula:
- As imagens não falam por si. (lula)

CONTAS EXTERNAS



03/12/2009
Sinal amarelo nas contas externas
Rolf Kuntz

Chamem um exorcista. 


Causa arrepios a evolução das contas externas, com exportações em marcha lenta, importações em alta e um promissor buraco na conta corrente do balanço de pagamentos - US$ 18,8 bilhões nos 12 meses terminados em outubro. 
O brasileiro com mais de 40 anos passou a maior parte da vida num país com inflação elevada e sempre a um passo de uma crise cambial. 

O Plano Real foi lançado há 15 anos, mas a estabilidade só se consolidou na virada do século. 
Em 1999 o País atravessou a última crise do balanço de pagamentos, com um rombo de US$ 33 bilhões nas transações correntes.
Entre 2003 e 2007 o Brasil acumulou superávits na conta corrente.

O saldo comercial, somado às transferências unilaterais (principalmente remessas de trabalhadores no exterior), foi muito mais que suficiente, nesse período, para compensar o déficit estrutural na conta de serviços (royalties, juros, lucros, viagens, fretes e seguros). 


Em 2006 o saldo em conta corrente chegou a US$ 13,6 bilhões. No ano seguinte encolheu para US$ 1,5 bilhão. 

Com a aceleração do crescimento econômico, as importações começaram a aumentar mais que as exportações.
O descompasso se intensificou em 2008.

O resultado da conta comercial encolheu de US$ 40 bilhões para US$ 24,7 bilhões e o buraco em transações correntes ampliou-se para US$ 28,2 bilhões. 

O resultado só não piorou em 2009 porque a recessão freou as importações. 
Mas a tendência mudou, com a reativação da economia. 

De julho a novembro, o saldo comercial foi 17% inferior ao de igual período de 2008.Para 2010 o mercado financeiro calcula um déficit em conta corrente de US$ 36 bilhões, mas isso dependerá de um superávit comercial de US$ 13 bilhões. 

Há quem admita, no entanto, a hipótese de um saldo comercial zero. 

Nesse caso, o déficit nas transações correntes ficará perto de US$ 50 bilhões. 
Será administrável, mas tenderá a aumentar. 

A combinação de crescimento econômico e real valorizado manterá no vermelho a conta corrente. 
 Não haverá tragédia enquanto o ingresso de capital compensar o desequilíbrio. 

Até quando?
 
Fonte InstitutoMillenium