"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

novembro 28, 2009

VÍDEO ARRUDA RECEBENDO PROPINA


RAIO X DO BRASIL POLÍTICO

 Angeli

CAIXA DE PANDORA/DF

 
BANDEIRA DE BRASÍLIA
 
 28/11 - 00:48 - Fred Raposo, Lucas Ferraz e Rodrigo Haidar

Leia a seguir trechos dos diálogos interceptados na Operação Caixa de Pandora entre o governador José Roberto Arruda (DEM) e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator da investigação.

Arruda - Tudo bom, Durval?

Durval Barbosa - Mais ou menos, né? 

Vamos olhar isso aqui primeiro? 
Isso aqui é o seguinte: 
isso aí foi do (???). 

Eu até perguntei pro Maciel se ele tinha alguma... 
Alguma soma, pra isso aí. 
Aí ele falou: 
Não, ele prefere conversar com você. 

Aí o que que aconteceu, o Gilberto foi doze, tirando os impostos, ficou novecentos e quarenta e oito. 
Aí antecipou a você. 
O Paulo... 

O Paulo Octávio [vice-governador  mandou pagar cinqüenta ao Giffone [Roberto Giffoni, corregedor-geral do DF] e cento e vinte ao Ricardo Pena [secretário de planejamento do DF]. 

Aí, o Toledo resolveu o caso desses... 
Do meninos aí, que eu acho que é louvável, que PE o Miquiles e o Nonô, tá?

Arruda - Quem?

Durval - Miquiles e Nonô. Miquiles cê sabe quem é. Nonô é o... foi o diretor lá. Que... 

Situação de penúria.
Aí ficou, é... seiscentos e vinte e oito. 
Seiscentos e vinte e oito, aí soma esses totais aí que chegaram, ta faltando chegar cem da Vertax, é... 
E ta faltando chegar... 

Aí o Gilberto ta faltando chegar, que dá um pouco. 

Aí vem o Re... 

A questão do conhecimento, do reconhecimento, dá uns nove, aproximadamente nove. 
Aí, vai uns setecentos e cinqüenta, oitocentos, por aí.

Arruda - Hoje tem disponível isso aqui? 


Durval - Hoje, hoje tem isso aí pra você fazer o que cê quiser, pagar a missão. Agora, se for no... no... na coisa normal, no dia a dia, no comum, cê teria hoje quatrocentos disponível. 
Pra entregar a quem você quisesse.

Arruda - Ótimo

Durval - Tá? 
Mas se você tiver outra missão. 
Você fez muito acordo e eu não... 
Eu falei com o Maciel o seguinte, eu falei:
Olha Maciel, tem que olhar o seguinte: 
ele fez muito acordo nesses negócios (?) política. 

Então, tem que perguntar pra ele, pra gente não antecipar as coisas. 
Aí, quando veio esse negócio do Paulo Otávio, eu falei Puta! 
Já sacaneou de novo. 
Entendeu?

Arruda - É.

Durval - Mas se tiver de reclamar com você, e não fala pro Paulo Otávio pra primeiro te perguntar.

Arruda - Ah é. Mas tô querendo (???) seguir as ordens do Paulo. 
Primeiro, fala comigo.

Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?

Durval - É foda! 
É encantamento. 
Encantamento é uma desgraça.

Arruda - É. Deixa eu te perguntar uma coisa, é... somando as quatro daqui, quanto foi pago?

Durval - Foi pago quinze bruto. Quinze...
Quinze tudo. 
Quinze, quinze, quinze. Quinze. 
Do Gilberto foi pago doze. 
Cê multiplica aí por vinte ponto vinte e seis. 
O dele é maior um pouquinho, que é cinco a mais.
É ponto vinte e seis, ponto cinco, dá novecentos e quarenta e oito. 
Aí ele tá, tá bancando.
E... esse da Infoeducacional, olha aí como é que foi. 

Foi sessenta pro valente, tá? 
Porque ele deu integral, não descontou nada. 
Só veio pro Valente. 

Deu sessenta pro Valente, sessenta pro Gibrail, mais o Fábio Simão, que são os donos lá da área financeira, né? 
E não pode... e não tem jeito. 
Aí, fico.... sobrou um sete oito.

Arruda - Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?

Durval - Não, eu... Eu só pego quando cê acerta.
Só pra pagar advogado.

Arruda - Não. 
Mas tem que pegar a sua parte, ué. 
Nós pagamos é...

Veja trechos dos diálogos no inquérito
Página 143 do apenso 3

Veja o inquérito completo
Apensos 1
Apensos 2
Apensos 3
Inquérito volume 1
Inquérito volume 2
Inquérito volume 3

Leia também:
Polícia Federal recolhe R$ 700 mil durante operação

Leia mais sobre operação policial

MAIS UM "PAC" MÍTICO SOBRE "O CARA"



Obra sobre infância de Lula chega hoje às livrarias

Agência Estado Horas antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assistir à sua cinebiografia, em São Bernardo do Campo, outra obra sobre parte de sua vida será lançada hoje, em São Paulo. 


Trata-se de O Menino Lula - e o autor, Audálio Dantas, logo esclarece que nada o deixa mais chateado do que a sugestão de que o livro "pega carona" no filme. 

"É um projeto muito anterior", afirma.

Autor de livros sobre a infância de Graciliano Ramos, Maurício de Sousa, Ziraldo e Ruth Rocha, o jornalista Dantas viu em Lula um personagem ideal para dar continuidade à série voltada ao público infanto-juvenil.


Mas a obra que chega hoje às livrarias, dois anos após ser idealizada, é diferente das que a antecederam. 

"A história escapa ao infanto-juvenil, é mais profunda, com muitos desencontros e situações complicadas", diz o autor, lembrando que o próprio presidente costuma dizer que não teve infância. 

"A trajetória de Lula transcende o problema do migrante, da luta pela sobrevivência, porque, além dessas dificuldades, ele viveu um drama familiar pesadíssimo. 
O pai era um déspota, de uma crueldade fantástica".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ATÉ QUANDO ?


 

UM DIA EXISTIU…

Um dia existiu neste país uma reação popular aos desmandos do governo vigente na época e que afrontava os direitos constitucionais.

Um dia existiram homens valorosos e corajosos que não hesitaram em pegar em armas para defender nossa Constituição.

Um dia existiram mulheres virtuosas que se engajaram em um movimento que beneficiaria os seus filhos e os filhos de seus filhos.

Um dia existiram jovens que deixaram os livros por um momento para defenderem o direito ao saber.

Um dia existiram crianças que ao verem seus pais lutando por um ideal brincaram de defender a democracia.

Um dia existiu nesta Nação, uma população que não era subserviente, que não era manipulada pela TV, Rádio ou quaisquer meios de comunicação que tentassem dissimular um desgoverno, um despotismo.

Um dia nossos avós e pais tentaram incendiar esta nação com um simples palito de fósforo cuja chama não se extinguiu até nossos dias. 

Um dia existiu neste país brio e garbo, dignidade e coragem.

Será que existe ainda em nossos corações, uma geração que recebeu uma 
Constituição com Leis escritas com sangue de nossos antepassados, o amor a esta pátria e a capacidade de nos unirmos e defendermos o “cumprimento”de nossa Carta Magna e a garantia dos direitos de todos os brasileiros?

Um dia existiu uma revolução, uma reação efetiva à injustiça e em prol da soberania e da democracia de um povo sofrido.

Um dia existiu uma população indignada que não apenas pensou e reclamou, mas agiu e enfrentou.

Agiu acima de Partidos Políticos e de interesses pessoais, sem pensar em favorecimentos quaisquer advindos do poder.

Existiram, não mais existem?

Ou estariam ainda dentro de nós, esperando o momento de usarem o poder do Voto para darem a descarga no Poder Podre que nos governa a décadas, separar o joio do trigo na política nacional, acender uma luz que ofusque as trevas da corrupção e da imoralidade que imperam hoje em nosso país.

Eu não acredito que nada possa ser feito.

Faça parte você também deste Movimento que não tem Líder, e que tem um só ideal, o de lutarmos dentro da legalidade pelos nossos direitos constitucionais.

Este que vos escreve estas linhas é um cidadão de 51 anos de idade, que viu a ditadura militar em sua adolescência, e que teme uma ditadura civil.

A falta de educação neste nosso país, saudosa educação que tivemos no passado, onde os mestres eram pessoas dignas de respeito, esta falta de educação vende o voto, ignora o clamor público, vive por uma cesta básica sem defender o seu direito ao Trabalho.

Comece a marchar comigo, conosco, brasileiros.

Neste nosso Movimento não fazemos acepção de Partidos Políticos, de raça, de nível de instrução, de classe social, de religião, enfim, todos são convidados a, dentro do espírito de tolerância e respeito, votarmos juntos e escolhermos juntos nossos líderes, através de uma livre consciência e informados sobre a índole e a vida política e moral de cada candidato que se apresente, apenas isto será suficiente para revolucionar nossa política, para mudar os rumos do “nosso país”, da nossa nação brasileira.

 Daniel Ferreira de Souza
mmdc@mmdc.com.br


BRASIL - TERRA DOS APROVEITADORES


marcelo-sato

Flagrados em grampos da Operação Influenza, da Polícia Federal, o deputado federal Décio Lima (PT-SC) e Marcelo Sato, genro do presidente Lula (casado com sua filha Lurian, e chefe de gabinete da líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa de Santa Catarina), tiveram que dar explicações na segunda-feira para conversas mantidas com o empresário Francisco Ramos, proprietário da Agrenco do Brasil S.A e um dos 24 presos por fraudes no Porto de Itajaí, em 20 de junho.

Sobre Ramos recaem suspeitas de patrocinar vantagens (computadores, hospedagens em hotéis e jatos fretados, conforme revelado pelo jornal Diarinho, de Itajaí, e pelo Jornal de Santa Catarina, de Blumenau) em troca da interferência da dupla junto a órgãos federais.

A ação da Polícia Federal está comprovada por trechos de gravações telefônica em que Francisco Ramos justifica a aquisição de dois notebooks:

“Um pro Décio (Lima) e um pro (Marcelo) Sato”.

Questionado sobre a frase, o próprio empresário esclarece:

“O cara (não especifica se está falando de Sato ou de Lima) me põe na frente do presidente, do ministro…

Ele vem com essa indireta. Sou obrigado a comprar”.

Além de agrados tecnológicos, Décio Lima ainda voou em jatinhos fretados por Ramos, como comprovam fotos registradas por agentes federais no momento em que o parlamentar embarcava na aeronave.

Além disso, o inquérito reproduz uma troca de e-mails entre as secretárias da Agrenco e do gabinete do deputado federal petista Décio Lima informando horários de vôos e locais de embarque e desembarque do parlamentar, em avião fretado, do aeroporto de Navegantes para Brasília.

A Agrenco diz como serão os detalhes vôo, com a observação:

“Avião fica esperando sr. Décio Lima terminar compromisso”.

Já com o genro de Lula, Marcelo Sato, a conversa é sobre a hospedagem em um hotel.

Em 17 de abril de 2008, às 11h18min, Sato pergunta em gravação telefônica a Ramos se pode deixar “um hotel reservado para nós”.

Documento da Polícia Federal aponta que foram reservadas duas vagas em um hotel para o genro de Lula, mas não especifica em que cidade é a hospedagem.

A investigação da Polícia Federal sustenta que o marido de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente, e o parlamentar petista, facilitaram o acesso do empresário a órgãos do governo federal entre 10 de dezembro de 2007 e 6 de janeiro deste ano.

Além do deputado federal petista Décio Lima, o relatório cita Jefferson Reichel, assessor do parlamentar.

Parte das interceptações revela que Ramos, ao fazer contato com Décio Lima, Marcelo Sato e Reichel, tinha interesse de agilizar processos que envolviam a Agrenco no governo federal.

Ramos era o principal acionista da empresa, que almejava produzir biodiesel em Caarapó (MS). Para tanto, segundo o relatório da Polícia Federal, Ramos contou com a ajuda do trio em contatos com o Ibama, Agência Nacional do Petróleo e Receita Federal.

De acordo com o relatório da polícia, Décio Lima recebeu pedido da Agrenco para que a Resolução 41 de 2004 da ANP fosse adaptada a fim de autorizar a produção de biodiesel pela empresa.


Depois do contato, a Agrenco conseguiu a licença para operação da indústria.

A Polícia Federal cita ainda o fato de que a Agrenco doou R$ 170 mil para a campanha do petista Décio Lima nas eleições de 2006.

A exportadora de grãos é suspeita de, entre outras irregularidades, simular negócios com produtores de soja, comprando carregamentos que não existiam.

Leia a seguir trechos dos telefonemas e e-mails gravados durante a Operação Influenza, da Polícia Federal:

1º/4/2008, às 11h25min, ligação entre Chico Ramos e Décio Lima:

Ramos - Esse assunto, estamos com aquele documento pendente na Receita Federal para a gente poder se qualificar e vender biodiesel no leilão, tô apavorado.

Décio - Da agência ainda?

Ramos - Da Receita Federal, tenho que ter o certificado da Receita Federal para poder depois conseguir o selo definitivo no MDA.

Décio - Manda alguém passar um e-mail para mim hoje para eu entender direitinho com quem tenho que falar.

Ramos - O Jefferson tá cuidando de tudo para mim aí, tá tudo com ele.

Décio - Eu vou atrás do Jefferson, pode deixar.

18/12/2007, às 15h42min, ligação entre Chico Ramos e Marcelo Sato

Ramos - Preciso de um favor, conseguimos as licenças ambientais, tudo que precisava para entregar na ANP para conseguir autorização para rodar a fábrica de biodiesel depois de amanhã.

Hoje vai ter reunião no Rio de Janeiro para apreciar as licenças.

Nosso processo está na área jurídica da ANP, preciso que você fale com diretor jurídico ou presidente para jogar para apreciação.

Sato - Não tá na pauta?

Ramos - Não. Faz pedido especial.

Sato - Estou ligando agora.

25/3/2008, e-mail de Jefferson Reichel a funcionária da Agrenco:

Assunto: RPA

Bom dia, Ana!

Tem alguma notícia do meu pagamento, até hoje não apareceu.

Abraço, Jefferson

19/12/2007, às 11h08min, conversam um homem identificado como Jean e Chico Ramos. A transcrição deste diálogo foi feita de forma indireta pelos policiais federais

Ramos - Quer saber se o Fernando mandou comprar dois computadores, um para o Décio, outro para o Sato.

Jean - Diz que mandou uma solicitação de adiantamento na conta do Carlinhos, foi feito ontem. Fala que vai ser feito na quinta-feira, porque o Sergio Okogawa não autorizou.

Ramos - Diz que é pra avisar que pediu para fazer imediatamente. Se ele tiver dúvida que ligue, é pra fazer hoje. Chico comenta que “o cara me põe na frente do presidente, do ministro, ele vem com essa indireta… Sou obrigado a comprar.”

24/12/2007, Às 11h13min, Ramos conversa com um homem identificado como Carlos

Ramos - Chegou o computador do nosso amigo Décio?

Carlos - Não, vou ver agora.

17/4/2008 - Às 11h18min, Marcelo Sato pergunta em gravação telefônica a Chico Ramos se pode deixar “um hotel reservado para nós”. Documento da Polícia Federal aponta que foram reservadas duas vagas em hotel para Marcelo Sato, mas não especifica em que cidade é a hospedagem.

26/10/2007 - O relatório da Polícia Federal reproduz a troca de e-mails entre as secretárias da Agrenco e do gabinete de Décio Lima informando horários de vôos e locais de embarque e desembarque do deputado, em avião fretado, de Navegantes a Brasília.

A Agrenco diz como serão os detalhes vôo, com a observação:

“Avião fica esperando sr. Décio Lima terminar compromisso”.